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domingo, 29 de abril de 2012

Meditando sobre respostas trazidas pelo silêncio...


Meditando sobre respostas trazidas pelo silêncio... Você já se viu tendo que administrar situações que fogem totalmente do seu controle e que não dependem exclusivamente do seu querer? É possível até que, num momento ou outro da sua vida, você se perceba sem conseguir entender bem o porquê das coisas que acontecem ao seu redor. O que dizer então daquelas situações onde aguardamos a resposta de Deus e que, por motivos dos mais variados e na nossa concepção, tarda a chegar? Na verdade é muito difícil lidar com o silêncio de Deus! Porém, Deus tem me ensinado que silêncio também é resposta!

O Apóstolo João numa de suas visões, enquanto esteve preso na Ilha de Patmos, afirma ter presenciado um silêncio no céu por um tempo indeterminado, que ele calculou ter sido de quase meia hora (Ap 8.1). Um fato que me chamou a atenção foi que esse silêncio aconteceu em decorrência da abertura do sétimo e último selo. Selo fala de segredo e de algo ainda não revelado! Quando um selo é rompido, além de poder ser feito somente pela pessoa autorizada a fazê-lo, significa que essa pessoa está disposta a tornar público o que estava oculto até então. Entendemos então, que naquela revelação algum segredo seria desvendado e divulgado publicamente. Naquele momento instalou-se o silêncio, pois, sendo o último selo, todos os que ali estavam presentes, ficaram na expectativa de que algum segredo bombástico, bom ou ruim, poderia ser desvendado. Aquele silêncio que durou quase meia hora foi quebrado pelo toque de uma trombeta! Imagino que se aquela situação acontecesse literalmente conosco, seres humanos, nosso coração estaria batendo mais forte a cada minuto que passasse e quando ouvíssemos o soar da trombeta, sentiríamos nosso coração como que querendo sair pela boca.

Na verdade, ninguém gosta do silêncio, pois ele inquieta nossa alma e nos faz rever se tomamos ou não, alguma atitude errada! Ele dói! Lembro-me que quando eu era criança e que meu pai me olhava fixamente nos olhos, instintivamente surgia dentro de mim a pergunta: “o que foi que eu fiz?” Com a experiência de vida que tenho hoje e me colocando dentro daquela situação relatada pelo apóstolo João, entendi que Deus silencia, para que olhemos para dentro de nós e busquemos mais ardentemente pela Sua presença! É nesse silêncio que nossos corações são desmascarados e percebemos que ainda temos lutado muito, para segurar as rédeas das situações adversas que vivenciamos e assim, reconhecendo nossa fragilidade, percebemos que ainda necessitamos depender mais de Deus, do que das nossas forças e capacidades.

Pois é, entendo que Deus faz silêncio para nos chamar a atenção para algo importante e surpreendente que está para acontecer; também para desmascarar nossos corações orgulhosos e auto suficientes e passarmos a depender somente dEle; também para olharmos o vazio que se instalou dentro de nós, porque deixamos de ouvi-Lo e principalmente porque deixamos de cultivar uma íntima comunhão com Ele; e por último Deus silencia para que voltemos nosso olhar para Ele, porque com certeza, Ele tem algo a nos dizer.

Quando foi a última vez que você parou para ouvir Deus? Quando foi a última vez que você ouviu o silêncio de Deus? Deus tem, no mínimo quatro respostas: sim, não, espera e o silêncio! A mais difícil de enfrentar é o silêncio, mas é justamente o silêncio que antecede o fator surpresa. O silêncio do céu é diferente do silêncio da terra. Quando ficamos em silêncio, ou é porque não temos resposta, ou é porque não queremos magoar aqueles que estão dependendo de uma palavra nossa! Porém, quando Deus fica em silêncio é porque Ele tem resposta e a resposta, pode ou não, ser a que o nosso coração espera; porém devemos crer que a resposta que vem da parte de Deus, sempre será a melhor para a solução do nosso problema, da nossa angustia e da nossa dor! Creio que quando conseguirmos compreender a linguagem do silêncio, então teremos alcançado o equilíbrio emocional que Deus tanto deseja e quer para nossas vidas.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Quando Deus diz Não...


Refletindo sobre quando Deus diz não! (II Co 2.7-10)... Paulo pediu a Deus que eliminasse uma dificuldade, um “espinho” na carne que o incomodava. É claro que fazia sentido orar a Deus para removê-lo. Afinal, a remoção tornaria Paulo mais eficiente, não é mesmo? Deus, porém, respondeu negativamente! Paulo sabia o significado de desejar algo de Deus, pedir com fé e com motivos puros e, mesmo assim, não receber a resposta desejada. A resposta de Deus foi simplesmente: “A minha graça te basta porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. A verdade é que Oração significa aceitar a resposta de Deus mesmo que não traduza nosso desejo. Mesmo que não venha envolta no papel de presente que estamos esperando! Sei o quanto é difícil lidar com esse tipo de resposta dada pelo Senhor, pois na maioria das vezes, nos sentimos sendo punidos e não respondidos. Quando Deus diz não nossa alma estremece e se não tomarmos cuidado, a revolta se instala e perdemos o melhor de Deus para nossas vidas. Como você está se sentindo com essa resposta negativa de Deus? As vezes o choro é a melhor atitude.

Em essência, Paulo disse: “Deus, por favor, elimine esse problema”, e Deus responde: “Não, deixe que o problema o aproxime mais de mim. Vou dar-lhe graça para suportá-lo, e poder inesperado através dele. Confie em mim”. Nossa vida de oração não se restringe em obter algo de Deus; ao contrário, ela se concentra em buscar o caminho que conduz a Deus! Trata-se de alcançar um relacionamento mais profundo com Ele. Porém queridos, há ocasiões em que a única coisa que desejamos é a única coisa que não podemos ter! E você ainda pensou que eu não conhecia esse sentimento, não foi? Ei, as dores da humanidade não mudaram! Queremos respostas, mas elas não vêm. As pessoas cobram-nos respostas, mas não as temos para dar. Umas manifestam sua solidariedade e incentivam-nos a esperar um pouco mais, a termos calma, a perseveramos no Senhor. O pior é quando não dividimos ou não podemos dividir nossa espera com outros e fazemos do silêncio angustiante, a escora de nossa espera! Já pensou nisso?

Pois é, entender a fidelidade de Deus através do Seu não é um grande desafio! A fidelidade é tratada como fidelidade para mim e não fidelidade para Ele, ou seja, fidelidade para com o que quero e não para o que Ele quer. E quando nossos planos e sonhos vão em caminhos opostos aos planos de Deus para nossa vida? E quando o que quero na verdade vai representar a quebra de uma Palavra que Deus já liberou? Aí está o desafio da maturidade cristã, justamente entender que o não de Deus representa o Seu cuidado. Deus é fiel, não ao que quero, mas ao que Ele quer!

Muitas pessoas se decepcionam quando percebem que a religião não é uma caixinha de mágica que simplesmente você abre e recebe o que tanto almeja. Decepcionam-se quando descobrem que a caixinha de promessas não representa a totalidade das Escrituras. Afinal, ela só é de promessas! Decepcionam-se quando descobrem que Deus não vai passar por cima de Sua Igreja, não vai passar por cima de Suas promessas e tão pouco em cima de pessoas simplesmente para cumprir as nossas determinações e desejos individuais. Devemos entender que somos filhos e servos. Os filhos não sabem o que verdadeiramente precisam e os servos literalmente não podem ter o que não for designado pelo seu senhor. Ser cristão não é usar Deus é depender de Deus! Acredite: o nosso papel é clamar e o de Deus é julgar o nosso clamor! Porém, não se condene; isso acontece porque somos humanos e não estamos ainda, em corpos glorificados!




domingo, 22 de abril de 2012

Bem- aventurado os que choram...


Meditando sobre bem-aventurados os que choram (Mt 5.4)... Existem momentos em nossa vida que não entendemos o porquê de muitas situações. Mesmo não havendo um motivo aparente, tudo parece “desmoronar” diante de nós. E mesmo estando perto de muitas pessoas nos sentimos sós. Muitas vezes passamos por grandes lutas, desilusões, situações adversas, decepções e angústias que tentam  nos afogar. E com isso nos faltam forças; só conseguimos chorar, lamentar, clamar por uma reposta que às vezes não vem. As Bem-aventuranças descrevem o caráter do cristão! Todos os cristãos devem ser assim! Elas não descrevem características naturais; antes, descrevem a ação do Espírito Santo em nosso caráter. Há uma diferença essencial entre o crente (aquele que crer) e o descrente (aquele que não crer), e essa diferença é  revelada claramente nas Bem-aventuranças. O crente e o descrente pertencem a dois reinos inteiramente diversos (Cl 1.13). Bem-aventurado significa mais do que feliz. Significa feliz aos olhos de Deus (Sl 1)! Uma felicidade que não depende de circunstâncias externas. Trata-se do bem-estar espiritual, da plenitude de alegria que encontramos em Deus, referindo-se, também, a um destino feliz. Verdadeiramente, o único homem realmente feliz é aquele que manifesta estas qualidades, por ser deveras abençoado. Esta é a descrição da verdadeira felicidade, a felicidade segundo Jesus. Minha reação às Bem-aventuranças irá dizer quem eu sou realmente! Percebes que o fruto do espírito humano é importante?

As Bem-aventuranças, entretanto, são qualidades espirituais! Aqui não se trata simplesmente do choro causado pelas lutas e dificuldades. O “choro”, aqui, é mais do que derramar lágrimas, mais do que tristeza ou frustração causadas pelos problemas e adversidades da vida. Este é um choro espiritual, de arrependimento, de tristeza, que segundo a Palavra, produz vida! É condição “sine qua non” (necessária) para a salvação e um relacionamento correto com Deus mediante Jesus Cristo (Jó 42.5,6; Mt 3.1,2; 4.17; Lc 3.8; 13.1-9), assim, também, a um destino feliz.

Este é o padrão para todos os cristãos seguirem, não por capacidade própria, mas no poder do Espírito Santo! O próprio Senhor Jesus chorou, ao contemplar os efeitos devastadores do pecado no ser humano (Jo 11.33-35). Ele também chorou diante do Pai, porém suportou o sofrimento, em troca da alegria que viria depois (Hb 5.7-10; 12.2). Aqui, como sempre, Ele é o nosso exemplo! O cristão que chora devido a seus pecados e à devastação causada pelo pecado de modo geral, na humanidade e em todo o Universo, um dia será consolado, nos novos Céus e na nova Terra.  Queridos, Jesus desafiou e ainda hoje desafia o Seu povo a chorar pelos motivos certos! Se chorarmos pelos motivos certos, Deus nos socorrerá e nossa vida será restaurada. Os caminhos serão aplanados, o coração será curado, o alívio será alcançado e a paz retornará às nossas almas. Necessitamos lembrar que não há restauração sem confissão! Confessando ao Senhor as mazelas da nossa vida, o próprio Deus nos ajudará no processo de restauração.

É tempo de derramar lágrimas diante do Salvador... Lágrimas de reconhecimento da dependência divina! Lágrimas de súplica e pedido de socorro, diante da realidade da vida, sabendo que o Espírito Santo é o nosso Consolador. Lágrimas que restauram! Lágrimas que promovem a vida! Derrame a sua vida diante do Criador, pois a promessa divina nos assegura que Deus mesmo enxugará dos nossos olhos todas as lágrimas (Ap 21.4 ). Fiquem na Paz que excede todo entendimento (Fp 4.7)!








sábado, 21 de abril de 2012

Meditado sobre Maledicência (Tg 4.11,12)


Meditando sobre maledicência (Tg 4.11,12)... Devemos ser cuidadosos em relação aos nossos comentários! É cruel dar a entender e insinuar, como se soubéssemos muita coisa ignorada pelos demais! Essas insinuações prosseguem e criam impressões mais desfavoráveis do que se os fatos fossem francamente relatados, de maneira livre de exagero. Que danos não tem sofrido a Igreja de Cristo por causa dessas coisas! O procedimento incoerente, desavisado de seus membros tem-na tornado débil como a água. Tem sido traída a confiança por membros da mesma Igreja (não importa qual seja sua denominação, você, faz parte do Corpo!) e, no entanto; o culpado não pretendia fazer mal. A falta de prudência na escolha de assuntos de conversa tem feito muito dano! Pois é, hoje me deparei com tal situação na vida de um cristão! A maioria dos problemas enfrentados numa comunidade tem a ver com a maledicência. O ser humano é a única criatura com a capacidade de articular as palavras, você sabia?! Ele se comunica através da fala. Isto é uma bênção! Contudo, o que é bênção pode transformar-se em maldição. Depende do uso. A Bíblia afirma que, se alguém consegue controlar sua língua, consegue controlar todas as outras partes de sua perso­nalidade (Tg 3.2). Isso não se refere só ao expressar-se em palavras, mas também em pensamentos queridos!

O texto de Tiago pode ser entendido, basicamente, como uma divisão inde­pendente, sem muita ligação com o seu contexto. Porém, estes versículos retomam um dos temas preferidos de Tiago (Tg 1.19,26; 3.1 -12). Parece que Lv 19.16 que diz: Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não atentarás contra a vida do teu próximo. Eu sou o Senhor, está na mente de Tiago! O texto é claro e a justificativa de Tiago para condenar a maledicência tam­bém o é: falar mal (julgar) de um irmão é falar mal (julgar) da Lei! Esta é a tônica do versículo 11. O versículo 12 mostra que julgar é tarefa de Deus, não nossa. Nós não somos nem o Legislador, nem o Juiz; por isso, não temos nem o direito e nem a capacidade de julgar ou falar mal de quem quer que seja.

Por que será que Deus proibiu a maledicência? Certamente porque Ele sabe dos prejuízos que ela pode causar na vida de um povo, de uma família, de uma ou mais pessoas! É bom lembrar que, quando nosso Senhor interpreta a Lei, Ele introduz um novo conceito de "não matarás"! Pode­mos trazer a morte ao nosso próximo, apenas com o mal uso de nossa língua. Tomemos cuidado, pois a maledicência mata! A maledicência também pode suscitar sentimentos do passado, os quais estavam no controle do exercício do princípio de domínio e controle espiritual. Percebes a dimensão do dano de uma observação erada, inconsequente? E tudo isso na maioria das vezes fazemos em nome de uma espiritualidade que acreditamos possuir. A espiritualidade do indivíduo e a da comunidade cristã não se mede pela intensida­de das práticas devocionais. Não é pelo tempo gasto com oração e jejuns. Nem mesmo pelo mero conhecimento das Escrituras. Além destas práticas, a espiritualidade é evidenciada e validada por uma linguagem sadia. Como diz Paulo, uma linguagem agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis respondera  cada um. (Cl 4.6; veja também Cl 3.16).

É, queridos minha alma entristece-se com os que não “ajuntam”, só separam, machucam, julgam, despertam as dores alheias, sangram feridas... Não faça assim, ame seu irmão, ore ao invés de ser maledicente, pois poderás ser responsável por despertares e ressuscitares o que estava adormecido. Será você o primeiro a ser cobrado por Deus! Saiba que toda a prática religiosa cai por terra com a prática da maledicência! Tiago detecta a incoerência de uma linguagem (religiosa) que bendiz a Deus, mas amaldiçoa os homens, criados à semelhança de Deus (Tg 3.9). Não adianta ser membro assíduo de uma igreja, frequentar os cultos e etc e tal. Tudo isso perde o valor e o sentido se não conseguimos refrear nossa língua quanto à maledicência (Tg 3.10). Não faça isso, semeie amor, misericórdia, alegria, esperança... À todos um forte abraço na Paz que excede todo entendimento sabendo que o único que nos conhece realmente é Deus!








quinta-feira, 19 de abril de 2012

A mulher do Fluxo de Sangue

Meditando sobre a mulher do fluxo de sangue (Mc 5.21-43)... Em seu ministério Jesus mostrou uma percepção espiritual jamais conhecida na história do Cristianismo, dando-nos prova de Sua divindade. Nos lugares que passava, multidões O acompanhavam na intenção de receberem algo e ouvirem a cerca do que Lhes tinha para falar. Com o tempo Seu ministério começou a ter notoriedade entre os cidadãos das cidades onde passava, e Sua fama estava percorrendo todo território israelita e demais regiões. Durante um dos Seus trajetos, uma mulher tocou em Suas vestes e instantaneamente fora curada, o que põe em terra teorias que pregam Cristo como um aplicador de técnicas medicinais para curar, sendo que nem ao menos tocou naquela mulher! No capítulo 5 de Marcos, bem como em outras passagens, o evangelista enfatiza o papel da fé, como benefício emanado do poder de Jesus em realizar obras maravilhosas. Isto não significa que a fé garante a cura, e que esta não possa acontecer separada da fé! Vale notar que não há menção alguma de fé na história da libertação do endemoninhado (Mc 5.1-20). O que a fé faz é produzir em nós um apelo de confiança em Jesus. É a fé que nos leva a Jesus. É Jesus que opera maravilhas em nossas vidas! Compreendes a diferença?

Jesus contrariava toda e qualquer cultura, mitologia, crença e outros costumes vividos frequentemente nas cidades onde se propagava palavras de vida. Naquela ocasião os homens que ali estavam, olhavam apenas para as impossibilidades, o Mestre, com toda sua sabedoria, não subestimava o valor de nenhuma pessoa, independente de sua posição social e religiosa. No Antigo Testamento as mulheres eram consideradas imundas nos dias de sua menstruação e no caso desta acredito que as pessoas não se achegavam perto dela, vivia uma vida privada de amigos. Por ter um problema a tantos anos seria impossível toda sua comunidade não conhecer o fato e acredito que por onde ela passava as pessoas iam logo se levantando olhando com um olhar acusador e deixando-a sozinha. Uma realidade dura para a alma de um ser humano aguentar! A Bíblia não relata, mas em minha imaginação fértil penso eu que; com certeza nos momentos mais difíceis da vida desta mulher, o desânimo tentou nocauteá-la, pois aparentemente não havia motivos para aquela mulher pensar em viver. Não permita ser nocauteada pelos revezes da vida! Quantas vezes as situações desta vida nos parecem tão penosas que chegamos ao ponto de desanimar, perdendo até mesmo a vontade de viver... A mulher do fluxo de sangue já era um milagre vivente, pois Deus estava constantemente renovando o seu sangue, aguardando o dia em que ela pudesse ver a Sua glória. Aquele encontro estava marcado na agenda do Senhor! Ei, com você não é diferente!

Queridos, a fé é o sistema imunológico do homem! Portanto, é relevante compreender que o ser humano é possuidor de uma “energia” maior do que a atômica, e por isso poderá usá-la tanto para sua destruição como para edificar, construir uma existência rica e saudável. Busque a fé mesmo que nada esteja a seu favor!


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Meditando sobre solidão....

Meditando sobre solidão... A solidão é a grande companheira do ser humano, é uma das características da vida moderna, e teve início na natureza pecaminosa do homem. A solidão é o grande drama do século XXI. Já rendeu muitas letras de músicas, livros, filmes e sempre foi o grande tema do teatro. Muito mais que um problema espiritual ou psicológico, é também um fenômeno sócio cultural. Sabe querido, vivemos em uma sociedade, cercado por milhões de pessoas. Os centros urbanos são locais de grande aglomeração humana, porém, também são onde encontramos os maiores focos de solidão. Porque solidão é uma separação emocional do outro! É a falta de interação e de comunicação emocional entre um individuo e o outro ser humano. O outro pode estar próximo geograficamente; no entanto, a solidão impede qualquer aproximação psicológica, afetiva. Tudo isso pode ocorrer com o solitário em meio à multidão: todos estão presentes e, ao mesmo tempo, estão distantes, próximos e, todavia separados. Porque a solidão não é a mesma coisa que estar só. A solidão é sentir-se só! Percebes a diferença entre solidão e estar só? Pois é, as vezes me sinto só por muitos motivos e você?

Dentro da concepção de Deus, a solidão é vista como algo que não deve ser permanente. O texto de Gn 2.18 nos diz que não é bom que o homem esteja só! O texto traduz o pensamento do Criador, ao formar a raça humana. Todos precisam de um amigo, a quem podem contar as suas frustrações e tristezas, com quem podem compartilhar as suas alegrias e vitórias, que sirva de apoio na hora da fraqueza, e que exalte a sua força. Davi tinha Jônatas, Moisés tinha Josué, Elias tinha Eliseu. O próprio Jesus, no jardim do Getsemâni, pediu aos discípulos que fossem o seu sustento naquele momento de angústia. Que tipo de solidão tens sofrido? Estás sem ter com quem dividir esse momento que tens vivido?

Também acredito que as vezes necessitamos de solidão para lidar com a nossa dor pessoal. A Bíblia diz em Mt 14:13: Jesus, ouvindo isto, retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, à parte; e quando as multidões o souberam, seguiram-no a pé desde as cidades. Pense comigo, se Jesus precisava estar refletindo, meditando sozinho imagine eu e você?! Não é errado ou pecado sentir-se assim, afinal ainda não estamos em corpo glorificado! Porém, não faça da solidão sua companheira. Saiba que Deus tem um propósito em cada problema que enfrentamos! Essa sensação de abandono é um teste de fé que todos devemos enfrentar, será que eu e você continuaremos a amar, confiar, obedecer e adorar a Deus, mesmo quando nos sentimos em solidão, mesmo quando não sentimos a presença do Eterno? Por experiência, afirmo: Isso vai passar!






terça-feira, 17 de abril de 2012

Meditando sobre o silêncio...

Meditando sobre o Silêncio ... O exercício do silêncio é tão importante quanto a prática da palavra! Gosto do silêncio de um fim de tarde ao admirar o pôr do sol. É um exercício que nos transmite paz! Queridos, há momentos na vida que nos levam a ficar em completo silêncio, onde calar, as vezes é uma fina forma de amor. Pra quê palavras se elas não podem decifrar o verdadeiro sentir? Calei a sua pergunta? Retirei a armadura que te vestia? Acredita-se que o silêncio não combina com o poder, pois este é muitas vezes confundido com prepotência e violência. O próprio Jesus Cristo é um primoroso exemplo de quem soube viver o silêncio em frequentes, longas e profundas experiências de oração, como descritas pelos evangelistas (Mt 14.23; Mc 1.35; Lc 6.12; Jo 17).

O silêncio está vinculado à proximidade do mistério e da intimidade com Deus. As coisas mais íntimas são sempre pronunciadas aos sussurros e murmúrios! Talvez seja por isso que no Sl 62.1 o rei Davi diga que a sua alma espera somente em silêncio em Deus! A alegria mais alta e mais verdadeira acontece quando suprimimos ou esgotamos as palavras! É, parece que você gostou dessa afirmação! Adentramos o vasto universo do recolhimento interior e da contemplação de tudo o que existe, de tudo que nos proporciona sentir o menor dos sentimentos, onde nesse lugar e espaço de silêncio é que o Espírito faz ressoar a Palavra (Jesus), despertando-nos do sono que nos dispersava ou escondia de nossa essência interior e da conexão com o Eterno.

O silêncio incomoda; o barulho não! Já percebeu isso? De todos os significados de silêncio que pesquisei, gostei mais de “sossego”! E você? Para cada tempo e ocasião existe uma forma de silêncio adequada. Qual a que tens vivido? Tenho vivido o silêncio que fala, assim como Lapidote, marido de Débora (Jz 4.4,5)! Tá incomodado com o silêncio de Deus, de algo ou de alguém? Fique não, sossegue! Usar do silêncio é uma forma de comunicar humildade, mansidão e profundo amor. O silêncio sugere um tipo de comunicação eficiente que é a não-verbal. Comunicamos com os olhos, a face, as mãos... Quando o salmista compartilha conosco que esperou paciente ou confiantemente no Senhor, quer dizer que em silêncio (dos lábios) ele expressou fé e confiança; alegria e paz; harmonia e sintonia interiores e o cântico das entranhas (suplicas com gemidos). Percebes agora por que tens que ficar sossegado? Bem sei o quanto é difícil!!

Acredite: é melhor estar em silêncio do que nos sentirmos em um deserto habitado por gente completamente estranhas! Aqui e ali temos afinidades e pontos em comum, mas a trajetória da alma é solitária. Fique tranquilo, isso é coisa de humano! Silencie para ouvir os sons da alma, os conselhos do coração, mas não esqueça de consultar Aquele que tem o dom da vida. Aquele que pode dar vida, esperança e lhe fazer feliz! No meu silêncio, receba o meu melhor abraço, forte, calmo, longo e sem qualquer pressa de soltá-lo!








segunda-feira, 16 de abril de 2012

O que nos diz o Sl 20.7?

O que nos diz o Sl 20.7? Diz o seguinte: Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus! Sabe, falando sobre confiança, podemos afirmar que é cada vez mais difícil confiarmos nas pessoas, onde muitas frustrações, dores e mágoas têm sua origem na confiança que depositamos em alguém e que de alguma forma não fomos correspondidos. É oportuno lembrar que o oposto de confiança é a desconfiança. Parece que esta toma conta de nós a cada relacionamento, a cada encontro, em cada rua, em cada circunstância nova, em cada momento de nossa vida.
A causa principal de nossa desconfiança é porque vivemos num mundo de muitas mentiras. E por isso nos sentimos enganados, ludibriados. Deus não mente e é por isso que eu e você podemos confiar plenamente no Senhor! (Nm 23.19).
Em muitos momentos de nossas vidas descartamos confiar nas pessoas e passamos a confiar apenas em nós mesmos. Este é um grande risco para a vida espiritual! Todas as vezes que depositamos uma extrema confiança em nós mesmos, nos tornamos vulneráveis e caímos. Quando depositamos nossa confiança em nós mesmos estamos pecando. Não há vitória conquistada se não for pelo Senhor! (Sl 40.4; Tg 4.6).
Hoje, apesar de toda desconfiança que nos rodeia, fazemos tentativas de depositar nossa confiança em pessoas que nunca poderão corresponder as nossas expectativas. Confiamos nos governantes, acreditamos que eles agirão de maneira honrosa; confiamos no relato médico de um diagnóstico; confiamos em nosso amigo e etc., etc. Porém, temos dificuldades de confiar plenamente em Deus! Sabe, a Bíblia diz que é melhor confiar no Senhor do que no homem (Sl 118.8)! Em quem você tem colocado sua confiança?
Acredite: Vale a pena ter o Senhor como nosso FIADOR! Em caso de escassez, temos a certeza de que o Senhor suprirá nossas necessidades através de nossa confiança (Jr 17.7; Sl 125.1)! Nesse sábado chuvoso aqui na cidade do Sol, arvore a bandeira da confiança Naquele que tem o poder não só de reescrever, mas ressignificar a nossa história!

domingo, 15 de abril de 2012

Refletindo sobre o que temos abandonado...

Vivemos numa época de ignorância, de obscuridade intelectual e de irracionalismo... Infelizmente, a ignorância tem sido cultivada neste país, e os mais pensantes são cada vez mais postos de lado! O pior é que a ignorância é cultivada com arrogância! Parece que quanto mais ignorante, mais digno de crédito. E a espiritualidade evangélica tem se distanciado do pensar, que tem sido cada vez mais visto como ato carnal, quando não diabólico, ou melhor; usando a seguinte frase: Essa pessoa tem práticas satanistas! A ignorância está em alta. Está difícil ser cristão e evangélico, também, hoje, a quem é pensante. Tá assustado com minhas afirmações ou você sempre pensou isso e achava que estava errado?
Estamos com um Cristianismo cada vez mais sem Cristo, e cada vez mais com o Espírito Santo, sendo que por Espírito Santo as pessoas entendem uma experiência extra-sensorial. Porque uma experiência com o Espírito aproxima mais de Cristo, pois esta é sua missão! O Evangelho está se tornando um ajuntamento de sentimentos, sensações, experiências místicas. Sabem quem é o único culpado? O Púlpito que não é exegético! Raramente se fala de Jesus, e quando se fala dá para notar que Jesus é cada vez mais um conceito para dentro, no qual as pessoas projetam seus sonhos de consumo do que o Redentor e Salvador pode oferecer.
Hoje medito sobre o abandono... algo danoso chegando até ser irreversível! Temos abandonado a Bíblia como fonte de doutrina, trocando-a por revelações e sonhos de “gurus/profetas”. Temo-la abandonado como inspiradora de modelo gerencial para a Igreja, assumindo padrões de administração humana. A Igreja é um organismo vivo! Tenho observado muita pregação, mesmo com ela sendo lida (a Bíblia), é apenas emissão de conceitos culturais, e sendo ela (a Bíblia) mero pretexto para o discurso. E temo-la deixado de lado como balizadora do que cantamos também! A função do cântico não é distrair as pessoas nem fazê-las sentir-se bem no culto, mas ensinar as grandes verdades de Deus. O culto deve ser doutrinador, sim em tudo! É preciso subordinar tudo ao crivo da Bíblia. O Evangelho está se tornando cada vez menos bíblico e mais sentimental porque está faltando Bíblia! Pois é, esse sentimento de abandono tem me incomodado muito mais que os abandonos normais da vida. Afinal, tudo é reflexo das escolhas que fazemos diariamente!
Querido, não despreze sua herança teológica e litúrgica. Há uma tradição que engessa e que fossiliza, sem bem disso. Mas há uma tradição que enriquece e que dá balizamento. O Evangelho não começou agora. A Igreja não surgiu há alguns poucos anos. Os momentos de louvor e adoração não foram criados agora. Muitos deles, no passado, deixaram marcas profundas de avivamentos que impactaram a sociedade. Nós temos um passado e não podemos fugir dele. A ignorância do passado leva a cometer os mesmos erros. Houve uma longa luta para firmar o cânon do Novo Testamento, e precisamos lembrar que é ele que interpreta o Antigo. Por que o temos abandonado, de forma tão leviana? Você tem ideia de como o Espírito Santo (que conduz a Igreja em triunfo em tudo), tem se sentido por tal abandono? Não você não tem essa compreensão! A sua compreensão está nos seus abandonos particulares, nas suas “feridas”, nas suas perdas... Estou falando de algo que transcende tudo isso e é o suporte para seguir em frente, apesar de qualquer abandono!
Muita gente tem cantado o Antigo Testamento, mas nós somos cristãos. Nós cantamos a fé em Cristo. Se o Antigo Testamento é pregado, deve ser interpretado pelo Novo. Se o Antigo é cantado, deve ser interpretado pelo Novo. Estão querendo “rejudaizar” o Evangelho, questão que a Igreja já resolvera em At 15 e contra a qual Paulo escreveu a sua mais dura carta, a Epístola aos Gálatas! Somos filhos dos Evangelhos e das Epístolas! Cantemos Jesus, cantemos a fé cristã e não meras sensações, cantemos a Cruz, o túmulo vazio, o perdão dos pecados. Não sinta-se abandonado, o Espírito Santo ainda habita conosco!

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Bem-aventurados os Pobres de Espírito...

Meditando sobre o que vem a ser “Pobres de espírito” (Mt 5.3)... Quando pensamos em avançar na vida, o mundo nos fala para ir ao topo. O mundo diz: O caminho é subir! Suba a escada do sucesso! Fazer metas é muito bom, mas se nós não tivermos cuidado, podemos encontrar a morte espiritual nesse processo de perseguir o sucesso. Nas 8 bem aventuranças, Jesus fala radicalmente sobre Seu diferente caminho de pensar e viver . Ele promete que teremos felicidades e bênçãos! (Mt 5.3-12). As bem- aventuranças foram um grito de alerta para a vida moral e social de um povo que, diante da letargia de 400 anos sem profecia, estava perdendo seus princípios e valores. Fico pensando que hoje vivemos algo parecido no meio do povo de Deus! Foram uma advertência sobre a supremacia dos aspectos espirituais, que devem ornar a vida do homem, em contraposição aos apelos materiais que o sufocam. Foram finalmente, a revelação da presença de alguém especial entre os homens, o Filho de Deus, o Messias esperado, para prover salvação que o Pai dos céus, desde o princípio dos tempos prepara para a sua criatura! Pois é, somos verdadeiramente especiais queridos, mas infelizmente fazemos pouco caso disso.
Tenho aprendido que no Reino espiritual pra subir tem-se que descer! É doloroso, mas é o caminho correto a seguir. Experimente! Oh, e não tem nada relacionado com subserviência, inferioridade e etc.! Nesse texto de Mt 5.3-12, Jesus fala sobre atitudes, sobre favores de Deus, como ser abençoado e qual é o caminho. Os pobres de espírito são aqueles que reconhecem de coração ser “pobres” no sentido de não poderem realizar nenhum bem sem assistência divina e que não tem nenhum poder em si mesmos que os ajude a fazer o que Deus requer deles.
Quando pensamos em Reino dos céus, precisamos entender que lá não é lugar de: orgulho, um viver de aparência, de quem quer a aceitação ou aprovação de homens, exibição de talentos, achar que é melhor e superior aos outros, acumulação (riquezas materiais). Sabe, a chave para abrir as portas dos céus é a humilhação! João Batista fez muitos discípulos e dizia: “É importante que Ele cresça e eu diminua”. Ele cumpriu a vontade de Deus que era preparar o Caminho do Senhor. E na nossa vida o que importa ou o que tem mais importado? Temos valorizado mais o “ter” do que o “ser”?
Acreditem: Somos o que falamos. Vivemos o que pensamos. Refletimos a alma no que sonhamos! Jesus ao abençoar seus ouvintes, estava compartilhando com eles Sua personalidade. Em cada bem-aventurança estava Sua vida. Por isso, proclamou o que queria que Seus discípulos desfrutassem no dia a dia e na eternidade. Há paradigmas que parecem errados, mas no Reino de Deus os mistérios vão se desenrolando gradativos para o espírito humano. As afirmativas benditas do Senhor, cheias de esperança, estão embasadas no amor! Aquele que for agraciado e buscar viver na dimensão predita terá o paraíso no coração! Terá o clima do céu, do amanhecer ao anoitecer! Mesmo nas situações mais contraditórias, o cristão caminhará sem desvanecer. As bem-aventuranças não são expressões bombásticas para conquistar a popularidade das massas, mas são amorosas, impondo responsabilidades. Queridos, crer também é pensar....

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Refletindo sobre o Masqui de Davi (Sl 142)...

Refletindo sobre o Sl 142 (Masquil de Davi!)... Masquil é um dos termos técnicos do livro de Salmos para designar uma composição poética para ensinar uma lição. Davi está em perigo de vida e em vez de ficar chorando a miséria e ficar se queixando, ele quer ensinar alguma coisa aos outros. Então, com toda certeza à semelhança de Davi muitas vezes passamos pela “caverna”, passamos pela depressão. Quem é que nunca se sentiu aflito? Quem nunca sentiu a hostilidade de um inimigo poderoso? Quem nunca enfrentou uma incompreensão no trabalho ou dentro de casa? Quem nunca viu um ente querido acometido de uma doença terminal? Quem nunca viu tais coisas baterem à sua porta? Quem é que nunca esteve numa “caverna”? Qual tem sido a minha e a sua atitude quando estamos em uma “caverna”? O sentimento é de total abandono! Isso mesmo, nos sentimos abandonados! Quem já passou pela “caverna” sabe o que é isso, de se sentir abandonado, de se sentir rejeitado.
É uma situação muito aflitiva, mas nós descobrimos que a “caverna” é um dos lugares onde mais nós encontramos a graça de Deus e é um dos lugares onde se pode ter a experiência mais profunda com Deus. Por isso Davi clamou e gritou, e isso não significa falta de fé! Por outro lado o silêncio sim pode ser o desespero, a entrega dos pontos. Devemos evitar confundir as coisas, por vezes a pessoa é apática, entregou os pontos e nós pensamos que aquilo é fé, ou a pessoa está expressando toda a sua inquietação clamando e gritando ao Senhor e nós dizemos, que é falta de fé…. As vezes a pessoa só tem Deus para gritar! Só tem Deus para abrir o coração!
Davi nos ensina qual é a atitude de uma pessoa na “caverna”, é abrir o coração diante de Deus, não mascarar os sentimentos. Até porque ficou muito arraigado entre nós a ideia de que cristão não tem problema e se tiver problema é porque está em pecado, que a nossa vida é uma vida de um sorriso constantemente afivelado no rosto! Pois é, pode rir mesmo!
Portanto se você está na “caverna”, isto é provisório, não é o seu lugar, você está lá para aprender alguma coisa e aprofundar a sua comunhão com Deus. Acredite: Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel, ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas quando forem tentados, ele mesmo lhes providenciará um escape, para que o possam suportar (I Co 10.13). Ou seja, podemos estar na “caverna”, mas nunca estaremos desamparados!!!! Receba o meu abraço de solidariedade nesse momento.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Refletindo...

Vivemos tempos de triunfo público e fracasso íntimo. Costumo dizer que os problemas das pessoas não são externos, pois ao olharmos alguém que está bem vestido, bem “arrumado” não conseguimos entender como é que essa pessoa possa estar passando por grandes problemas ou dificuldades. Na verdade os problemas estão sempre dentro de nós, e eles não são visíveis para as pessoas. Quem nos vê numa festa não perceberá se andamos desanimados ou com o coração apertado por motivos que consideramos difíceis de administrar. A ansiedade, que nem sempre é perceptível para os que nos rodeiam é nossa maior inimiga, e as vezes o nosso desânimo é tão grande que chegamos a ficar paralisados na vida por um tempo. Os sonhos cessam junto com o desânimo e nos sentimos fracassados em muitas áreas de nossas vidas. Querido , preste muita atenção no que tá acontecendo em sua volta!
Nossa mente está programada para ganhar, vencer, conquistar, avançar, prosperar, conseguir, obter, superar, e tantos outros verbos positivos que durante a nossa vida nos foi ensinado, e não aprendemos nem aceitamos perder, recuar, fracassar, entregar ou desistir. Esses são verbos que não se ajustam naquilo que aprendemos em toda a nossa existência. Quando ficamos assim paralisados, pensamentos absurdos nos ocorrem, queremos encontrar uma saída rápida para os problemas, pois viver dessa maneira é muito difícil, mas também o medo de errar não nos ajuda a avançar e os problemas parecem aumentar mais a cada dia que passa. Tenha certeza que isso acontece com todos nós!
A sensação de ter fracassado em alguma coisa, ou nem algum momento, seja na escola, no trabalho, num relacionamento, na criação dos filhos, na administração das finanças ou em qualquer outra área da nossa vida é difícil de admitir e assumir para nós mesmos o fracasso. Mais terrível ainda é admitir que fracassamos para as pessoas que nos cercam, que nos conhecem ou para a sociedade. É difícil porque temos medo de sermos julgados e desprezados pelo que nos acontece. As vezes temos vergonha de olharmos para as pessoas, pois imaginamos o que podem estar pensando de nós, não é mesmo? Então muitos vivem cabisbaixos ou “fazendo de conta que está tudo bem” para que ninguém pense nada ruim a nosso respeito. Isso é mais comum nos dias de hoje do que muitos pensam, e acontece com mais pessoas do que imaginamos, pois os problemas estão dentro de nós e não no exterior, por isso não percebemos nos outros.
O que nós cristãos precisamos entender, é que Deus trata conosco através de nossos fracassos, nossas quedas, nossos erros. Não gostamos disso, mas é assim que Deus faz! O tempo de aflição para nós é a oportunidade para Deus agir em nossas vidas, pois nos tornamos mais sensíveis ao Seu Santo Espírito e ouvimos mais a Sua voz. É hora de nos firmarmos e permanecermos junto ao Senhor, pois os dias são maus e o sofrimento afastará muitos da salvação.
Te convido a olhar os seus fracassos, os seus erros, as suas quedas ou as suas perdas como uma forma de Deus trabalhar em sua vida, para você crescer na Graça e no conhecimento de Deus, sabendo que Ele prometeu que nunca nos deixará, jamais nos abandonará (Hb 13.5). Assim vamos afirmar confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que poder´me fazer o homem? (Hb 13.6).

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Refletindo sobre Páscoa...

Refletindo sobre Páscoa... A Páscoa se aproxima, e milhares se preparam para celebrar o momento religioso com ovos de chocolate (são deliciosos!) e muitos se perguntam se comer os simbólicos ovos de chocolate não desvirtua o real sentido do evento. O motivo é que a data nada tem a ver com ovos, sendo uma festa judaica é lembrada pelos cristãos como o tempo em que Jesus morreu na cruz e depois ressuscitou. A Páscoa é uma festa judaica que se refere ao episódio da Décima Praga narrado no Antigo Testamento (Êx 12.18, 19; 13.3-10).
Muito antes de ser considerada a festa da ressurreição de Cristo, a Páscoa anunciava o fim do inverno e a chegada da primavera. Pois é, você não sabia? Páscoa é aprendizado, recomeço e esperança! É o momento que nos é dado a oportunidade de nos aperfeiçoarmos para que possamos realizar o Ide de Jesus, os nossos sonhos, a prática do amor... Páscoa é transformação! Para o cristão é Páscoa todo dia, pois todo dia é dia de recomeço! É dia de transformar uma vida sem esperança nem alegria, em uma vida cheia de esperança! Afinal, o nosso Redentor vive!
A Páscoa nos faz lembrar que a vida é um eterno ressurgir e que é preciso recomeçar de novo e novamente quantas vezes for necessário para ver os planos e propósitos de Deus se realizarem, juntamente com os sonhos que humanamente temos para nossas vidas. Nessa Páscoa, aproveite para fazer o que muitos não fizeram quando tiveram a oportunidade, na crucificação de Jesus. Não faça parte da mesma multidão que preferiu Barrabás, ao invés de nosso Mestre (Jo 18.40). Lembre-se de que tudo aquilo que não vem da fé, não edifica, e tudo o que não edifica destrói.
Quantas vezes em nossas vidas deixamos Jesus em primeiro lugar? Não sei, porém te suplico uma coisa, em nome de nosso Salvador, não deixe de lembrar o que Jesus Cristo fez por nós, não vire as costas para a Sua Palavra e por fim: Não deixe as verdades do mundo serem mais fortes do que a Verdade de Deus em sua vida, se não fez, comece a fazer nessa Páscoa. Renove-se nessa Páscoa, ainda há tempo para a entrada do novo em sua vida!