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terça-feira, 29 de dezembro de 2015


Li uma carta hoje que assim terminava: “Um beijo bem beijado e um abraço bem apertado”. Ainda estou refletindo sobre os vários significados e a importância de enfatizar dizendo “bem beijado, apertado”. Foi célere a passagem desse ano e com ele caminhei sem talvez ter parado para observar os “beijos bem beijados e abraços bem apertados” que se apresentaram nessa caminhada. Falo dos momentos de carinho, da mão estendida, da compreensão, do afeto, do companheirismo, da atitude de perdão, do sorriso no momento preciso e do choro necessário. Falo do olhar acolhedor mesmo diante da repreensão, falo das palavras e seus sentidos (obrigado, desculpa, com licença...). Falo de viagens efetivas e daquelas que fazemos através dos sonhos e imaginações, como único objetivo de preservar a alegria e a saúde psíquica. Falo de mim e de você que por vezes ignoramos a simplicidade dos gestos por estarmos apressados no viver! Falo de noites que desperdiçamos com a mágoa que bate a nossa porta, como “se”, se tivéssemos feito, dado, ido, então teria sido diferente a jornada. Falo de abraços apertados sem pressa de soltar naqueles que nos são queridos, e nos que necessitam serem abraçados de igual modo, para que o carinho oferecido apazigue suas dores. Falo da apreciação do ócio e o quanto ele faz bem a alma dos viventes humanos, como nós. Corri tanto esse ano...  Houve momentos de muito cansaço, alguns percalços, noites longas, choro preso na garganta, viagens que deixei de fazer. Houve perdas, saudades, palpitações, somatizações em um corpo que só se manteve de pé porque não perdeu a visão da Cruz, a Graça do Evangelho de Cristo e o abrigo das promessas do Eterno! “Um beijo bem beijado e um abraço bem apertado” é tudo que espero e desejo para o ano de 2016, acrescentando que tudo seja sem pressa de soltar, para mim e você! Que possamos caminhar de mãos dadas por todo o 2016, sem perder o brilho do olhar da cumplicidade, a fragrância do equilíbrio, a doçura da compreensão, a beleza do amar, afinal tudo isso e muito mais fazemos “apesar de”, fazemos, pois entendemos que viver é uma viagem de compartilhamentos até os portões da eternidade, para então sozinhos com os nossos feitos, nos apresentarmos diante do Eterno que conhece verdadeiramente, a intenção dos nossos corações.

 

 

Os: “Um beijo bem beijado e um abraço bem apertado”, trecho final da carta de Castelo Branco à sua esposa.

 

 

 

 

 

 

 

domingo, 22 de novembro de 2015


Rompendo o silêncio dessa madrugada, a moça sentada na fileira da frente, disse: Você não escolheu! Você não escolheu e aí colocou na mão do outro o nosso destino! Aprender as lições importantes da vida requer que o medo seja confrontado para então ser superado, só assim seguiremos em frente sem olhar para trás, tendo a convicção de que o amanhã pode e será melhor que o hoje, o aqui e agora. Comecei a refletir sobre o que ouvira e percebi que com o tempo nos damos conta de que as experiências vividas com os que passam por essa nossa vida, jamais se repetirão, por mais que se tente reproduzi-las, jamais acontecerão da mesma forma. Sabe qual a razão, querido? Simples, estamos diariamente em processo de evolução, de crescimento! Porém, podemos eternizar momentos... Eterno é tudo que dura uma fração de segundo, um átimo de tempo, com tanta intensidade, que chega a petrificar, e assim, jamais força alguma o resgata. Quero dizer o quê? Você pode escolher eternizar ou não momentos, tentativas, escolhas, pois tudo é aprendizado. Porém, não deixe suas escolhas nas mãos de outros, pois só você saberá como vivenciá-las, eternizando-as. Só você sabe o valor que representam! Nessa tarde abafada aqui na Cidade do Sol, compreendo que o melhor da escolha não está no futuro, mas sim no instante em que se vivencia o momento. Eu escolhi, eu aprendi, assim eternizei cada átimo de tempo, afinal, tenho mais uma história pra compartilhar!

 

 
Pode ser que ao desconfiarmos de alguém haja razão para tal, mas nem toda desconfiança possui razões suficientes para se manter. Logo, quando o coração pulsa em total equilíbrio o resultado sempre será uma consciência pacificadora. Penso que o equilíbrio mora na sabedoria de confiar! Como uma “caixinha de surpresas”, a vida as vezes pode nos trazer surpresas alegres, dolorosas, proveitosas ou intrigantes. A vida pode até interromper planos! Mas, acredite que tudo é produtivo,... serve como crescimento, afinal ela produz uma reação em nós mesmos e no outro, nos conduzindo à reflexão. Ao desconfiarmos perdemos oportunidades por termos priorizado um “pé atrás” ao invés de um “passo à frente”. Ao desconfiarmos abrimos mão de vivenciar a realidade que se descortina a nossa frente, na tentativa de controlar o futuro. A desconfiança faz sofrer! Confiar é um favor que fazemos à nós mesmos e não ao outro, pois é um estado de sossego e paz daquele que deixou o futuro para quando chegar. Ao desconfiarmos diminuímos a capacidade de estar presentes, afinal a realidade é o que percebemos no momento atual, e o que vemos? Desconfianças! Penso que confiança seja saber que somos humanos, limitados, que não temos poder de adivinhar quando os revezes se levantarão. Porém, podemos fazer dessa a nossa única saída e viver intensamente a realidade que se apresenta, seja a boa ou ruim. Abraço você daqui de terras potiguares, tendo consciência de que a vida sempre dá um jeitinho de nos fazer aprender com as desconfianças de humanos, como eu e você, afinal, ainda não estamos em corpos glorificados! Viva hoje, viva agora, Carpe Diem!

sábado, 8 de agosto de 2015


“ Ser pai... é muito mais do que cumprir um papel dentro da família e da sociedade, é assumir a paternidade com amor e responsabilidade”. Essa é a definição de muitos! Porém, hoje quero lhe convidar, como filho, a olhar seu pai também, como humano. Como humano, muitas vezes o pai renuncia sonhos para que seus filhos não sofram por sua ausência... Como humano, quase sempre está onde não gostaria, fazendo o não desejado... Como humano, chora em segredo suas dores, que nem sempre sabemos que tem... Como humano, tem seus dias de fuga ao passado, fazendo disso uma saudade que gosta de ter como um combustível para a caminhada no agora... Como humano, gostaria de ficar em silêncio, mas nem sempre isso é possível... Como humano, quase sempre se distancia dos prazeres de humanos que possam vir a manchar sua imagem, diante de nós, seus filhos... Como humano, sonha ter em seus filhos a parceria na caminhada, o sorriso compreensivo, o ombro amigo e a mão estendida... Como humano, nem sempre se resigna com o rumo que sua vida toma, o que dependendo da nossa idade, compreendemos ou não suas decisões... Infelizmente, só com a maturidade e a experiência do viver, descobrimos o quanto humano foi e é o nosso “super-herói”! Que possamos compreender as palavras não ditas, os abraços não dados, as lágrimas não vertidas, os passeios que não fizemos juntos, os olhares que não cruzamos ao longo de nossa existência, os bilhetes não escritos, as cartas não lidas, os presentes não trocados, os boletins do colégio que não foram assinados... Que suas ausências, partidas e chegadas possam ser valorizadas nos minutos de nossa permanência por aqui... Sabe querido, um dia esse pai que é humano partirá, pela lei natural da vida, primeiro que você, então cobre menos e ame mais, troque a hostilidade pela doçura do tratar e acredite: Você é tão humano quanto seu pai!

sexta-feira, 7 de agosto de 2015


Como podemos nos ver por trás do rancor? Foi tudo o que ouvi do outro lado da linha. Pessoalmente não acredito que possamos ver a nós mesmos, por trás do rancor, afinal estamos envolvidos diretamente por sentimentos diversos, o que nos impede de termos uma visão equilibrada do que estamos vivendo e de que forma estamos vivendo. O rancor só faz mal a nós mesmos! O rancor é o combustível que adoece e aprisiona a alma de humanos, como eu e você. Vivenciar a dor de uma decepção ou de quaisquer outros sentimentos é aceitável, afinal é assim que se cresce. Porém, alimentar essa dor não é salutar para o espírito, corpo e alma. Querido, não se torne prisioneiro desse sentimento amargo! A despeito da dor que tenhas sofrido no passado ou estejas sofrendo, saiba que não estás sozinho, pois o Eterno lhe ampara a cada lágrima... O rancor embota sua visão de todo o resto de bom que tem lhe acontecido e acabas perdendo de usufruir das belezas de se estar vivo! Como podemos nos ver por trás do rancor? Que possamos nos ver como humanos que ainda não estão em corpos glorificados, sendo resilientes e ressignificando nossos momentos de sentimentos que nos afligem e entristecem, causando muitas vezes uma dor tão grande que morremos em vida. Já é madrugada aqui na Cidade do Sol, receba o meu carinho em um abraço bem apertado!

 

segunda-feira, 27 de julho de 2015


“Em busca do pão, achei a poesia!”. O que será que o autor dessa frase quis dizer? O lado humano do SER sempre está em busca de algo ou de alguma coisa. São muitas as necessidades e exigências à existência humana, que acabamos nos perdendo no caminho das suas ilusões. Viver é algo simples, o difícil é saber manter-se vivo! Vai ver esse é um dos muitos significados da frase acima: Manter-se vivo! Que tenhamos o cuidado de não cairmos nas armadilhas da nossa existência, valorizando por demais, a busca do TER, nos tornando prisioneiros do SER! Sabe querido, penso que encontrar a “poesia” é não negar todas as nossas necessidades, mas compreender que a plenitude da “poesia” só é possível quando nos conectamos com o Eterno e toda a sua criação. Afinal, tudo que Ele fez, é muito bom (Gn 1.31)... A vida humana necessita não só de “buscas”, mas de “descobertas” e de “poesias”, para então poder usufruir da felicidade reservada às criaturas nesse lindo planeta azul... Receba o meu abraço daqui da linda Natal, onde a chuva cai fininha gostosamente.

 

Já em terras potiguares e refletindo sobre “Ser mais precioso que o ouro puro, raro e fino de Ofir” (Is 13.12)! Sem entrar em questões teológico-exegéticas, mas contextualizando tais palavras do livro do profeta Isaías no tempo presente, em que o “Possuir” passou a ser sinônimo de riqueza, convido você a caminhar ao meu lado tentando compreender “as falas” do meu coração... Muitos têm baseado suas vidas em posses, não que seja errado “Possuir”, o mais importante é não nos deixarmos ser possuídos, e isso requer um exercício diário de vigilância de atitudes, sentimentos, aquisições e tudo que afague a alma humana negativamente. A chuva cai fininha aqui na Cidade do Sol e fico imaginando que “Ser mais precioso que o ouro puro, raro e fino de Ofir”, fala das atitudes e formas que se enfrenta os momentos de glórias, sem perder a essência pura, rara e refinada daqueles que não se deixam corromper pela fugacidade da vida. Querido, a fragilidade é inerente aos humanos, como eu e você! “Ser mais precioso que o ouro puro, raro e fino de Ofir” é entender do exercício de perdão, misericórdia, respeito, gratidão, reverência, cidadania, amor.... Sabe, ao cruzarmos os portões da eternidade, na bagagem que nos acompanhará, não constarão as “posses”, mas as atitudes que fizeram toda a diferença na caminhada dessa nossa vida terrena. Portanto, repense o “Possuir” que tanto tem feito parte de sua jornada, como se fosse um troféu e volte pra essência do viver! A chuva continua caindo fininha por aqui, receba meu abraço acreditando que usufruímos das “falas” do meu coração, mutuamente.

domingo, 24 de maio de 2015

Manter-se no “eixo” e não agir de forma reativa ao que acontece à nossa volta, nos dias de hoje, torna-se um desafio cada vez mais frequente. Quando algo nos desagrada, reagimos a aquilo que não vem ao encontro das nossas expectativas. É necessário identificar nosso “eixo”, o centro de equilíbrio que nos permite estar no controle da situação com foco no resultado que queremos conquistar. É fácil? Não, mas se não nos dispusermos a tentar, jamais conseguiremos. Essa é uma decisão pessoal e intransferível, pois temos livre arbítrio! Fico pensando: em qual “eixo” temos colocado nossa confiança, nosso equilíbrio? Sabe querido, não há ser humano que não sinta diversas emoções ao longo do dia. É uma "mistura" de sentimentos tão distintos quanto alegria e tristeza, medo e raiva... são sentimentos desencadeados por diferentes motivos. A diferença é que há eventos que são esquecidos rapidamente, enquanto outros ficam guardados no subconsciente humano. Ainda quero acrescentar que existem também as preocupações particulares que podem contribuir para elevar o descontentamento e frustração em nossa vida. Segurar esses sentimentos pode trazer um inconveniente: o desabafo no momento inoportuno! Sei que isso já deve ter acontecido com você também, afinal somos humanos! Quase sempre, nosso problema é que tendemos a ir de um extremo a outro. Às vezes tentamos não ter emoção nenhuma, ou permitimos todas as emoções que sentimos aflorarem, quer seja certo fazer ou não. É como se tivéssemos emoção de mais ou de menos. Porém, em tudo isso, o que realmente é necessário é termos o equilíbrio, a capacidade de demonstrar as emoções quando elas são positivas e úteis, e de controlá-las quando são negativas e destrutivas. Entenda, não há nada errado com as emoções, o importante é mantê-las sob controle! Como? Acima de tudo querendo mantê-las sob controle, buscando conhecimento e principalmente convidando o Eterno para essa busca. Porém, não cultive aqueles sentimentos que adoecem a alma e o espírito humano! Como cristãos, não devemos nos livrar de determinados sentimentos, nem precisamos nos sentir culpados por senti-los; em vez disso, devemos aprender a expressá-los da maneira adequada, da forma correta, pois isso produzirá cura! Somos humanos queridos e estamos sujeitos aos mesmos sentimentos e reações emocionais da nossa existência. Não espiritualize tudo que lhe acontece! O mais importante em relação às emoções não é sentir algumas e outras não, mas sim, a maneira como lidamos com elas... essa é a minha batalha diária! Seja acarinhado por mim daqui de terras potiguares.

quinta-feira, 21 de maio de 2015


Às vezes estamos tão assoberbados com as lutas da nossa existência, que não conseguimos visualizar ou sentir o que está acontecendo a nossa volta. É tanto ativismo que momentos simples deixaram de fazer parte da nossa vida, pois eles “são simples demais para o momento que estamos vivendo”, esse é o nosso pensamento, muitas das vezes... De quais momentos estou falando? Falo dos momentos de estar com os amigos relembrando “causos”, da solidariedade, do ócio, da visita aos familiares, da tapioquinha com café... falo de coisas simples que alegram a nossa alma e aquecem o nosso coração, contribuindo para a saúde emocional e psíquica, de humanos como eu e você! Mas estamos impossibilitados de ver, de buscar um socorro, de ouvir os gritos da alma avisando que caminhamos a passos largos para a clausura. Acredite: o homem não foi feito pra estar só. A vida é pra ser compartilhada! Você deve está pensando: como vou fazer pra mudar tudo isso? Sabe, às vezes precisamos fazer como Zaqueu e subir em uma “árvore” (Lc 19.1-10). Querido, por vezes os embates da existência humana são tão grandes que nos sentimos bem pequenos, sem forças para mudanças. Então subir na “árvore” é a saída, pois poderemos olhar tudo de cima ordenando cada passo sem nos distanciarmos de nossa essência, dos nossos valores, das coisas simples que alimentam nosso ser, e acima de tudo, resgatar a nossa esperança que um dia foi esquecida em um canto qualquer. Nessa madrugada quente de maio/2015, aqui da Cidade do Sol, lhe convido à subir na “árvore” (a árvore é sua!), na certeza de que serás surpreendido com quem estará embaixo lhe esperando pra caminhar ao seu lado, afinal Ele ainda está conosco! Nada está perdido, pode ser reescrito, ressignificado....  Abraço a todos carinhosamente daqui de terras potiguares!

segunda-feira, 18 de maio de 2015


 

 

 

Hoje uma mulher me falou: Tenho pressa! Estamos todos apostando corrida pra ver quem chega mais rápido. Onde mesmo? Por que será que essa nossa geração resolveu viver dia após dia em constante guerra com o tempo? Por que resolvemos “apressar o rio”? Sabe querido, tenho aprendido que não precisamos de mais tempo, como muitos pensam, precisamos sim é aprender a viver no tempo, no aqui e agora, retirando tudo de positivo para a caminhada. Preste atenção: os que correm na frente do tempo são os compulsivos e os que fazem de suas vidas uma correria, são os ansiosos! Seja inteligente, não perca o melhor de cada dia, de cada momento, de cada curso do “rio”, nada será repetido, mesmo que os personagens sejam os mesmos. Enquanto escrevo, recordo-me do episódio da mulher do vaso de alabastro que em meio à adversidade, esperou o momento oportuno e lançou-se aos pés do Mestre literalmente (Lc 7.37). Ela seguiu o curso do “rio” nadando ao encontro do “Porto Seguro”. O tempo não necessita de “uma mãozinha”, ele oferece a oportunidade no instante preciso. Ao homem cabe está atento e responder: Presente! Já é madrugada aqui em terras potiguares, que possamos fazer as pazes com o Chronos (tempo humano) e então sermos encontrados pelo Kyrios, o Senhor de todas as coisas, o Senhor do tempo e aí experimentar da alegria de viver humanamente, pois há alegrias no viver do homem nessa nossa terra! Não apresse o “rio”....

quarta-feira, 22 de abril de 2015


Faz dias que penso sobre passividade e desesperança. A passividade é acreditar que tudo o que está posto é como deveria ser e nada pode ser feito para alterar. A desesperança é a ausência ou falta de esperança; descrença ou desilusão. Tenho observado as guerras travadas no mundo real e particular de cada um de nós, tornando a convivência e o usufruto do melhor para todos os moradores desse lindo planeta azul.  Em alguns casos me pergunto se vivemos momentos de passividade ou descrença!? Tem me incomodado a forma que a história vem se repetindo, com a matança de pessoas em nome de Deus e a destruição de patrimônios culturais. É impressão minha ou as atrocidades cometidas contra o povo judeu no passado de nada serviram como exemplo pra não ser seguido? Muitos de nós vivemos passivamente os dias aqui nessa nossa terra, acreditando que se há “escuridão” quem somos nós para acendermos a “luz” que facilitará a caminhada de muitos!? A passividade caminha ao lado da desesperança e ambas envenenam a alma humana, aniquilam a esperança, acorrentam os sonhos, fraturam nossos sentimentos e acabam sepultando a expressão mais linda de amor entre os mortais: a existência humana! Pensar diferente é falta de amor. Você pode está dizendo que tudo de ruim que vem acontecendo é culpa do próprio homem, porém você já ouviu falar em misericórdia, compaixão, cidadania, respeito, ética, ressignificação, como atitudes de humanos, como eu e você? Sabe querido, o que torna a convivência humana difícil muitas vezes é a falta de entendimento nas práticas dos nossos irmãos, considerando o nosso ponto de vista o único caminho seguro. Se você não puder amenizar as perdas, dores e tristezas do seu irmão não o conduza à estrada da passividade e ao porto da desesperança. Seja a luz a iluminar a brevidade que é o viver de todos nós. Abraço a todos daqui da Cidade do Sol, acreditando que o Espírito ainda está conosco, portanto tudo é possível entre os mortais!

quinta-feira, 16 de abril de 2015


Refletindo nessa madrugada sobre o que li em um perfil de uma rede social: Quem muito se ausenta, uma hora deixa de fazer falta! Há verdades nessa afirmativa, porém vejo como o ser humano tem a capacidade de adaptação a tudo nessa nossa vida. Somos assim querido, graças ao Eterno, caso contrário como suportaríamos os revezes da existência? Quero lhe convidar a fazer uma breve caminhada ao meu lado nesses minutos do novo dia que se inicia, refletindo não sobre a falta, mas sobre a ausência. A falta é notada, mas a ausência não! Será que às vezes não somos ausentes mesmo estando fisicamente presente? O sentindo da ausência é mais amplo do que o seu sentido literal... Quando estamos presente queremos bem, nos importamos e isso pode ser feito mesmo que os quilômetros separem o físico! Acredite: só não está ausente aquele que cativa o coração dos que cruzam seu caminho! Fico imaginando que muitas vezes agimos assim com Aquele que tem cuidado de nós aqui na terra dos viventes... Nos ausentamos de servir, socorrer, de ser compreensivo, de sorrir e chorar com os que dividem o caminho conosco, deixamos de acolher, reduzimos o significado da Cruz, tornando-nos improdutivo pela falta de amar... Nos ausentamos de forma tão banal que quando percebemos o tempo levou o melhor de nós: A alegria de viver de forma presente usufruindo cada instante! Seja acarinhado por mim com o Amor pelo qual fui cativada.

domingo, 8 de março de 2015


Vamos comemorar? E porque não deveríamos? Vamos comemorar cada conquista, cada caminhada, cada esperança, cada dor, cada partida, cada ausência, cada porto seguro, cada viagem, cada expressão de amor e carinho, cada olhar e um ultimo olhar, cada cheiro, cada toque, cada abraço, cada sorriso, cada lágrima, cada oportunidade, cada sonho, cada crescimento, cada música, cada imagem fotografada pelo coração, cada dia, cada pôr do sol, cada amanhecer, cada lua enfeitando o firmamento na companhia das estrelas, que de tanto brilho iluminam as “sombras” dos caminhantes... Vamos comemorar mesmo que as “areias” dos vendavais dos “desertos” toquem nossa pele, e tudo que nos reste seja cobrir-nos na esperança de que logo a calmaria se fará. Penso que todos os dias é dia para comemorarmos, afinal somos múltiplas em nossa caminhada e em tudo que fazemos desconhecendo a palavra recompensa apesar do que se faça. Da infância a fase adulta; sempre estamos antes do ontem e depois do amanhã. Somos assim: esperamos quando ninguém mais espera! Por quê? Porque somos mulheres! Somos almas livres, porém presas pelo sentimento da responsabilidade por quem está em nosso raio de visão ou até mesmo pelos que estão há quilômetros de distância de nós. Vivemos estendendo as mãos aos que nem ainda se declararam necessitando e doamos antes de ser pedido. Essas somos nós, sem exclusão, diminuição, diferenças, com ou sem hormônios em nossas fases da vida. Somos feito o bambu, envergamos, mas não quebramos, apenas “trincamos” (somos humanas). Porém, ao “trincarmos” nos redescobrimos sendo resilientes e aí tudo se faz novo outra vez e ensinamentos são adquiridos e repassados. Por quê? Porque somos mulheres, mães dos nossos filhos e dos que adotamos pelo caminho. Porque para muitos nos perdemos nas palavras, quando na verdade, nos encontramos nelas distribuindo emoções quase sempre imperceptíveis. A vocês queridas, o meu abraço de hoje é especial, rogando ao Eterno que sempre possamos estar aos pés da Cruz de Cristo, guardadas no Seu amor. Cai uma chuvinha gostosa aqui na Cidade do Sol nessa madrugada de 08 de Março de 2015.

sexta-feira, 6 de março de 2015


Chove na Cidade do Sol e amanhece fazendo aquele friozinho gostoso que nos proporciona, entre outras coisas, momentos de reflexão. Pois é, estou pensando sobre a importância de se manter viva nossas memórias, pois elas definem nossa história, a pessoa que somos e nos tornamos com todos os sentimentos que envolvem a vida dos humanos.  Manter viva a memória é está ainda produzindo mesmo que os percalços do viver nos alcancem! Porém quando “esquecemos” quem somos, o caminho que percorremos, só nos resta ser lembrando por todos que cruzaram nossas vidas no passado, pois só assim nos perpetuaremos e seremos respeitados numa demonstração de amor, apesar da aparente inutilidade que nos transformamos. Isso pode acontecer comigo e você, basta perdermos a razão e o significado da vida, e saiba que nem precisa do aparecimento de uma doença. Nessa manhã chuvosa reflita sobre o que pode lhe dar esperança e então viva o “agora” dessa lembrança, desse momento, dessa esperança.... Traga a memória o que lhe pode dar esperança (Lm 3.21), não perca tempo, atue no “hoje”, no “instante presente”. Recorra a todas as suas lembranças, mesmo que esse seja um exercício diário e quase sempre cansativo, mas nunca desista de lembrar! Querido, a moldura da “fotografia” quem dá é você! É você quem a interpreta ao fotografar com a lente mais sensível, que é o seu coração, as vivências do dia-dia com suas emoções! Então traga a memória o que pode lhe dá esperança e continue na caminhada, mesmo que as forças para lembrar-se do que não deve ser esquecido sejam ínfimas... Sempre vai surgir alguém pra lembrar com você ou até por você! Acredite: ainda existe quem faça afagos na alma humana pelo simples prazer de fazer sorrir um coração. Somos uma “tela” inacabada esperando o encontro com Aquele que entende dos “matizes” do viver humano. Seja acarinhado por mim num longo abraço, sem qualquer pressa de deixá-lo!

segunda-feira, 2 de março de 2015


A mensagem dizia “Blza” e então perguntei: O que significa? “Blza” é a forma abreviada da palavra Beleza muito usada pelos internautas. Porém, o que me chama a atenção é que adquirimos o hábito de resumir. Temos resumido com “Blza” frases inteiras que com certeza, fariam toda a diferença em um contexto se fossem expressadas. Quantas vezes você e eu ficamos sem saber o que de fato essa palavrinha quis dizer naquela mensagem?! Tenho tentado decifrar os “Blzas” da caminhada, pois na escrita perdemos a sensação de ouvir o tom da voz, a expressão facial, o olhar, o toque.... Descobri que “Blza” também pode ser: não tenho o que lhe dizer, estou ocupado, não entendi... O que está acontecendo com o ser humano que vêm perdendo a beleza da expressão de sentimentos em palavras? Fico imaginando a cena da crucificação e como o Mestre não poupou palavras para sua mãe e o discípulo amado... Jesus não abreviou, não resumiu, pois palavras são sentimentos escritos e declarados poeticamente ou não, reservados aos mortais. Sabe a brevidade do tempo não tem relação com o resumir das respostas, dos sentimentos, dos sorrisos, dos afetos... a brevidade do tempo fala da nossa mortalidade e de que os momentos humanos sempre serão únicos nas nossas vivências. Você tem resumido muito em todos os campos da sua vida? Querido, resumir ou abreviar pode ser também uma forma de indiferença e indiferença é ausência de amor. A crucificação nos ensina a valorizar, dar importância, considerar... Portanto, nessa manhã quente, daqui de terras potiguares, lhe convido a seguir o exemplo do Mestre que não resumiu palavras para sua mãe e João naquele momento único e de brevidade humana. Seja abraçado por mim carinhosamente.

O domingo está terminando aqui na linda Natal e me encontro refletindo sobre quando o sentimento de vingança toma assento em nosso coração... Vingança não é justiça! Vingança não é “um prato que se come frio”, mas a prática da falta do amor e suas consequências servidas impiedosamente a outro humano, como eu e você. Vingança é a atitude que quase sempre leva a morte dos sonhos, de uma vida melhor, de uma nova chance, de perdão ainda que nos últimos instantes de vida. Vingança divide, segrega, cega a compreensão. A vingança me impede de me colocar no lugar do outro e sentir como ele. Ela atrofia os passos. Porém de todos os males causados pela vingança, a perda da vida é a que doe mais. A vingança não é moeda de troca pelo que lhe aconteceu de ruim! Penso que quando nos vingamos declaramos que de nada adiantou a morte de Cristo (para os cristãos). A vingança revela uma alma atormentada que não conseguiu lidar com suas frustrações, seu grau de importância na vida e na vida do outro. Querido vingança não constrói! Temos que tomar cuidado com a “bagagem” que estamos levando ao cruzarmos os portões da eternidade, pode acontecer arrependimentos tardios... A mágoa antecede a vingança, portanto ressignifique essa dor que persiste em estar presente na sua caminhada. Tire lições e então sairás fortalecido. Viva hoje, viva agora na certeza de que a vingança pertence ao Eterno (Rm 12.19)! Já é madrugada e despeço-me de você daqui de terras potiguares com a certeza de que ainda é possível ser feliz na terra dos viventes, afinal Ele ainda está conosco!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015


Foi às margens do Tapajós que ouvi falar do silêncio que se pode ouvir.... O silêncio nem sempre é ausência de palavras, barulhos, movimentos... O silêncio deseja ser ouvido em sua contemplação, pois torna-se mais fácil perceber os detalhes de amor do Criador. O silêncio deseja ser ouvido para que a alma descanse e encontre o prazer no admirar. O silêncio que se pode ouvir grita dentro de cada um de nós a importância do existir e usufruir da Criação como presente aos mortais, gerando contentamento às emoções. Penso que o silêncio dentro da alma significa que os pensamentos devem emudecer de quando em vez para ouvir o novo que se apresenta.. ouvir o suposto desconhecido! Porém sei que muitas vezes o nosso silêncio são gritos abafados não só de alegrias, mas de completa dor. O silêncio que se pode ouvir não deve ser confundido com o da covardia, do medo, do pessimismo..... falo do silêncio aprendizado, valorizador, o que nos instiga a crescer sempre altruisticamente! Querido até Jesus teve seus momentos de silêncio, portanto não se desespere! Um deles foi diante de Pilatos (Mc 15.2) quando lhe foi perguntado se era o Rei dos Judeus. O silêncio de Jesus é tamanho que Ele se restringe a pegar carona na fala de Pilatos para não ter que se pronunciar e responde: Tu o dizes! Acredito que tem momentos que o Eterno silencia por que aquilo que necessita ser pronunciado já se tornou tão óbvio que pode até ser ouvido ou repedido pela boca dos incrédulos. Querido fique atento ao silêncio que se pode ouvir, pois há uma expectativa de alarido de vitória quando o silêncio impera a partir dos céus! Receba o meu abraço daqui de Terras Potiguares nessa quarta-feira de cinzas tão abafada.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015


Hoje no fim da tarde enquanto caminhava ouvi um rapaz dizer: “Quase ele arrebatou das minhas mãos”! Essas palavras me levaram a refletir sobre essa palavra pequena: Quase. “Quase” significa algo que está próximo de ser realizado ou por um triz não se realizou.  Às vezes o “Quase” veste-se de incerteza e desilusão, mas é na perseverança que o “Quase” materializa-se. Você já se deu conta de quantas coisas quase foram arrebatadas das suas mãos? Penso que “Quase” pode ser compreendido como uma atitude de misericórdia na maioria das vezes em nossa caminhada. Nessa breve reflexão priorizo o sentido misericordioso, pois este sim gera esperança futura. Enquanto escrevo me recordo do paralítico do tanque de Betesda (Jo 5. 1-15). Esse homem estava sempre esperando o mover das águas para que ele pudesse ser curado no momento em que entrasse no tanque. Isso nunca aconteceu. Porém, um dia Jesus visitou o lugar e foi ao encontro do paralítico com a seguinte pergunta: Queres ficar são? Essa é a história da Misericórdia se encontrando com alguém que quase perdeu a esperança. Eu não sei quanto tempo você está à espera do encontro com a Misericórdia, mas o paralítico esperava já por 38 anos! Pode ser que você ache que é impossível o seu sonho se realizar, a sua vida ser ressignificada e por aí vai, mas quero lhe dizer nessa noite quente de janeiro/2015: Mesmo que suas forças tenham se acabado para prosseguir, a Misericórdia irá ao seu encontro, lhe alcançará e nada impedirá o agir do Eterno em seu socorro! Já é quase meia noite e despeço-me daqui da linda Cidade do Sol.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Nessa madrugada reflito sobre o tempo que gastamos com os nossos lamentos. Voltamos nossos pensamentos para tudo que poderia ter sido e no que deveria ter sido, aprisionando-nos para o novo que se apresenta diante de nós todos os dias quando os raios de sol aquecem esse lindo lar, chamado Terra. Muitos pensam que quando revivemos em nossa mente tais situações de lamentos vezes seguidas, poderemos mudar os desfechos. Lamento, mas infelizmente não podemos! Querido, a única coisa que eu e você podemos controlar são os nossos atos no presente. Penso que reviver o ontem, só nos afastará das oportunidades do hoje e de toda a esperança de esperar em fé fazendo o que cabe a cada um de nós. Pensar dessa forma torna a nossa caminhada mais difícil... As oportunidades não esperam por ninguém, portanto esteja alerta! Sabe, as oportunidades veem de muitas maneiras e até pelas mãos de quem nem imaginamos, ou até de quem não nos é amigável. Portanto não esqueça: as oportunidades só podem ser vistas e aproveitadas no tempo presente! Quem sabe nessa madrugada você esteja ainda “preso” a algo ocorrido no passado... já aconteceu, é passado! O hoje é uma dádiva do Eterno ao homem! O erro de Jonas trouxe a tempestade, mas a Palavra do Senhor veio uma segunda vez para ele(Jn 2.1, 10; 3.1). Querido, o Eterno é um Deus de segundas chances (terceira, quarta, quinta...). Todas as manhãs as misericórdias do Senhor se renovam (Lm 3.23), logo o hoje é uma dádiva, por isso é chamado de presente. Volte a viver novamente! Seja acarinhado por mim daqui de terras potiguares, um lugar de tempo presente para mim.