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domingo, 8 de março de 2015


Vamos comemorar? E porque não deveríamos? Vamos comemorar cada conquista, cada caminhada, cada esperança, cada dor, cada partida, cada ausência, cada porto seguro, cada viagem, cada expressão de amor e carinho, cada olhar e um ultimo olhar, cada cheiro, cada toque, cada abraço, cada sorriso, cada lágrima, cada oportunidade, cada sonho, cada crescimento, cada música, cada imagem fotografada pelo coração, cada dia, cada pôr do sol, cada amanhecer, cada lua enfeitando o firmamento na companhia das estrelas, que de tanto brilho iluminam as “sombras” dos caminhantes... Vamos comemorar mesmo que as “areias” dos vendavais dos “desertos” toquem nossa pele, e tudo que nos reste seja cobrir-nos na esperança de que logo a calmaria se fará. Penso que todos os dias é dia para comemorarmos, afinal somos múltiplas em nossa caminhada e em tudo que fazemos desconhecendo a palavra recompensa apesar do que se faça. Da infância a fase adulta; sempre estamos antes do ontem e depois do amanhã. Somos assim: esperamos quando ninguém mais espera! Por quê? Porque somos mulheres! Somos almas livres, porém presas pelo sentimento da responsabilidade por quem está em nosso raio de visão ou até mesmo pelos que estão há quilômetros de distância de nós. Vivemos estendendo as mãos aos que nem ainda se declararam necessitando e doamos antes de ser pedido. Essas somos nós, sem exclusão, diminuição, diferenças, com ou sem hormônios em nossas fases da vida. Somos feito o bambu, envergamos, mas não quebramos, apenas “trincamos” (somos humanas). Porém, ao “trincarmos” nos redescobrimos sendo resilientes e aí tudo se faz novo outra vez e ensinamentos são adquiridos e repassados. Por quê? Porque somos mulheres, mães dos nossos filhos e dos que adotamos pelo caminho. Porque para muitos nos perdemos nas palavras, quando na verdade, nos encontramos nelas distribuindo emoções quase sempre imperceptíveis. A vocês queridas, o meu abraço de hoje é especial, rogando ao Eterno que sempre possamos estar aos pés da Cruz de Cristo, guardadas no Seu amor. Cai uma chuvinha gostosa aqui na Cidade do Sol nessa madrugada de 08 de Março de 2015.

sexta-feira, 6 de março de 2015


Chove na Cidade do Sol e amanhece fazendo aquele friozinho gostoso que nos proporciona, entre outras coisas, momentos de reflexão. Pois é, estou pensando sobre a importância de se manter viva nossas memórias, pois elas definem nossa história, a pessoa que somos e nos tornamos com todos os sentimentos que envolvem a vida dos humanos.  Manter viva a memória é está ainda produzindo mesmo que os percalços do viver nos alcancem! Porém quando “esquecemos” quem somos, o caminho que percorremos, só nos resta ser lembrando por todos que cruzaram nossas vidas no passado, pois só assim nos perpetuaremos e seremos respeitados numa demonstração de amor, apesar da aparente inutilidade que nos transformamos. Isso pode acontecer comigo e você, basta perdermos a razão e o significado da vida, e saiba que nem precisa do aparecimento de uma doença. Nessa manhã chuvosa reflita sobre o que pode lhe dar esperança e então viva o “agora” dessa lembrança, desse momento, dessa esperança.... Traga a memória o que lhe pode dar esperança (Lm 3.21), não perca tempo, atue no “hoje”, no “instante presente”. Recorra a todas as suas lembranças, mesmo que esse seja um exercício diário e quase sempre cansativo, mas nunca desista de lembrar! Querido, a moldura da “fotografia” quem dá é você! É você quem a interpreta ao fotografar com a lente mais sensível, que é o seu coração, as vivências do dia-dia com suas emoções! Então traga a memória o que pode lhe dá esperança e continue na caminhada, mesmo que as forças para lembrar-se do que não deve ser esquecido sejam ínfimas... Sempre vai surgir alguém pra lembrar com você ou até por você! Acredite: ainda existe quem faça afagos na alma humana pelo simples prazer de fazer sorrir um coração. Somos uma “tela” inacabada esperando o encontro com Aquele que entende dos “matizes” do viver humano. Seja acarinhado por mim num longo abraço, sem qualquer pressa de deixá-lo!

segunda-feira, 2 de março de 2015


A mensagem dizia “Blza” e então perguntei: O que significa? “Blza” é a forma abreviada da palavra Beleza muito usada pelos internautas. Porém, o que me chama a atenção é que adquirimos o hábito de resumir. Temos resumido com “Blza” frases inteiras que com certeza, fariam toda a diferença em um contexto se fossem expressadas. Quantas vezes você e eu ficamos sem saber o que de fato essa palavrinha quis dizer naquela mensagem?! Tenho tentado decifrar os “Blzas” da caminhada, pois na escrita perdemos a sensação de ouvir o tom da voz, a expressão facial, o olhar, o toque.... Descobri que “Blza” também pode ser: não tenho o que lhe dizer, estou ocupado, não entendi... O que está acontecendo com o ser humano que vêm perdendo a beleza da expressão de sentimentos em palavras? Fico imaginando a cena da crucificação e como o Mestre não poupou palavras para sua mãe e o discípulo amado... Jesus não abreviou, não resumiu, pois palavras são sentimentos escritos e declarados poeticamente ou não, reservados aos mortais. Sabe a brevidade do tempo não tem relação com o resumir das respostas, dos sentimentos, dos sorrisos, dos afetos... a brevidade do tempo fala da nossa mortalidade e de que os momentos humanos sempre serão únicos nas nossas vivências. Você tem resumido muito em todos os campos da sua vida? Querido, resumir ou abreviar pode ser também uma forma de indiferença e indiferença é ausência de amor. A crucificação nos ensina a valorizar, dar importância, considerar... Portanto, nessa manhã quente, daqui de terras potiguares, lhe convido a seguir o exemplo do Mestre que não resumiu palavras para sua mãe e João naquele momento único e de brevidade humana. Seja abraçado por mim carinhosamente.

O domingo está terminando aqui na linda Natal e me encontro refletindo sobre quando o sentimento de vingança toma assento em nosso coração... Vingança não é justiça! Vingança não é “um prato que se come frio”, mas a prática da falta do amor e suas consequências servidas impiedosamente a outro humano, como eu e você. Vingança é a atitude que quase sempre leva a morte dos sonhos, de uma vida melhor, de uma nova chance, de perdão ainda que nos últimos instantes de vida. Vingança divide, segrega, cega a compreensão. A vingança me impede de me colocar no lugar do outro e sentir como ele. Ela atrofia os passos. Porém de todos os males causados pela vingança, a perda da vida é a que doe mais. A vingança não é moeda de troca pelo que lhe aconteceu de ruim! Penso que quando nos vingamos declaramos que de nada adiantou a morte de Cristo (para os cristãos). A vingança revela uma alma atormentada que não conseguiu lidar com suas frustrações, seu grau de importância na vida e na vida do outro. Querido vingança não constrói! Temos que tomar cuidado com a “bagagem” que estamos levando ao cruzarmos os portões da eternidade, pode acontecer arrependimentos tardios... A mágoa antecede a vingança, portanto ressignifique essa dor que persiste em estar presente na sua caminhada. Tire lições e então sairás fortalecido. Viva hoje, viva agora na certeza de que a vingança pertence ao Eterno (Rm 12.19)! Já é madrugada e despeço-me de você daqui de terras potiguares com a certeza de que ainda é possível ser feliz na terra dos viventes, afinal Ele ainda está conosco!