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sábado, 8 de agosto de 2015


“ Ser pai... é muito mais do que cumprir um papel dentro da família e da sociedade, é assumir a paternidade com amor e responsabilidade”. Essa é a definição de muitos! Porém, hoje quero lhe convidar, como filho, a olhar seu pai também, como humano. Como humano, muitas vezes o pai renuncia sonhos para que seus filhos não sofram por sua ausência... Como humano, quase sempre está onde não gostaria, fazendo o não desejado... Como humano, chora em segredo suas dores, que nem sempre sabemos que tem... Como humano, tem seus dias de fuga ao passado, fazendo disso uma saudade que gosta de ter como um combustível para a caminhada no agora... Como humano, gostaria de ficar em silêncio, mas nem sempre isso é possível... Como humano, quase sempre se distancia dos prazeres de humanos que possam vir a manchar sua imagem, diante de nós, seus filhos... Como humano, sonha ter em seus filhos a parceria na caminhada, o sorriso compreensivo, o ombro amigo e a mão estendida... Como humano, nem sempre se resigna com o rumo que sua vida toma, o que dependendo da nossa idade, compreendemos ou não suas decisões... Infelizmente, só com a maturidade e a experiência do viver, descobrimos o quanto humano foi e é o nosso “super-herói”! Que possamos compreender as palavras não ditas, os abraços não dados, as lágrimas não vertidas, os passeios que não fizemos juntos, os olhares que não cruzamos ao longo de nossa existência, os bilhetes não escritos, as cartas não lidas, os presentes não trocados, os boletins do colégio que não foram assinados... Que suas ausências, partidas e chegadas possam ser valorizadas nos minutos de nossa permanência por aqui... Sabe querido, um dia esse pai que é humano partirá, pela lei natural da vida, primeiro que você, então cobre menos e ame mais, troque a hostilidade pela doçura do tratar e acredite: Você é tão humano quanto seu pai!

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