Na existência
humana muitas experiências nos encontram e são encontradas pelo caminho.
Algumas conseguimos
descrevê-las, outras explicá-las, mas a experiência da maternidade sempre será a que compreenderemos
em sua totalidade, quando cruzarmos os portões da eternidade. Ela é tão
profunda e sobrenatural que necessita estarmos em corpo glorificado para ser
compreendida! Muitas do dia para a noite se transformam em mães (como a minha
mãe), outras planejam e ainda há as que geram no coração. Porém, ainda existe
um grupo que no silêncio de seus corações e atitudes, acolhem o aflito e necessitado,
a viúva e seus filhos, o doente desenganado, o que perdeu tudo e quase perdeu
sua identidade... Há as que lutam incessantemente para que ninguém deixe de ser
assistido e acolhido em suas carências físicas e emocionais, acabando assim,
por assemelharem-se ao “colo materno”, que são as que fazem parte dos trabalhos
humanitários/assistencialistas. Não importa em qual grupo você esteja, ainda
assim você acolhe, luta e ama, se entrega. Há mérito quando desprendemos amor!
Assim a vida segue até que um dia os papeis se invertem... se faz necessário
aprender rapidamente ser mãe da sua mãe... Diante daquela mulher que a cada dia
perde sua identidade, de riso inexpressivo, gestos e movimentos lentificados,
fala repetida e empobrecida, raciocínio e lembrança quase inexistente, salvo em
seus lapsos de memórias, procuro me achar em algum cantinho na esperança de não
estar sendo esquecida, o que é um ledo engano. Nessa caminhada de mais de dois
anos, o importante é o que os filhos e amigos lembram, na verdade passamos a
ser as lembranças vivas, mesmo que ela nos olhe com aquele olhar distante, sem
entender em alguns momentos o que estamos tentando dizer e fazer. Ando me
perguntando se é pior perder alguém abruptamente ou dia após dia!? Nesse domingo
dedicado às Mães, comemoro o passado vivido ao seu lado, do papai, da vovó e
meus irmãos, lá nas nossas paragens. Lá tinha o galetinho do Mutunuy, o banho
no sítio do Mararú, tinha os motores (barco pequeno) chegando, as catraias
(canoas) para atravessar os lagos e ilhas, tinha paneiros de açaí e farinha,
tinha costelinha de tambaqui na brasa, caldeirada de tucunaré, charutinho
fritinho, chibé e caribe, a igreja na Mendonça Furtado, a casa da Flora e do
Rui, o açaí da irmã Edilena, lá também tinha o Josias e a Salete com seus ricos
ensinamentos na Escola Dominical, o coral regido pelo irmão Josa, o acordeon do
Jorginho, o sax do irmão Chico Pereira, lá tinha o abraço acolhedor e os sábios
conselhos do irmão Jorge Mário Batista... lá tinha o rio que brilha e a ilha do
Amor, em Alter... Comemoro o passado com a senhora mamãe, o passado que ainda
lembras, mesmo que com dificuldades! Recebam o meu abraço daqui de terras
potiguares, ele não é de tristeza e nem de dor, mas de ressignificação no
Eterno, pois muitos mesmo conscientes, não têm o que lembrar o que lhes traga
lenitivo na
caminhada de humanos, como nós. Que o nosso coração, a máquina mais sensível do
corpo humano, eternize momentos que nos sirvam de combustível quando os dias se
apresentarem um tantinho cinzentos.
O mundo cristão tem vivido momentos de grandes confusões teológicas e infindáveis discórdias doutrinárias. O homem serve a um Deus maravilhoso que tem prazer em expressar Seu coração e revelar Seus pensamentos! Esses pensamentos jamais contradizem as Escrituras, as quais são úteis para o seu ensino, correção, repreensão e exortação. Aqui vocês encontrarão reflexões do que penso e acredito sobre vários assuntos teológicos que venho estudando ao longo dos anos. Ao meu Deus seja toda a glória!