Em meio ao relativismo moral que inunda nossas igrejas, os homens e mulheres de Deus não podem tergiversar nem ter vergonha de serem radicais! Não defendemos o fanatismo; este é tão danoso quanto o mundanismo. Todavia, devemos ser radicais, porque o mundo é radical e ainda mais radical é o Diabo! Ser radical é ter aprofundadas raízes em Cristo. Conscientizemo-nos de uma coisa: a Igreja de Deus por sua própria natureza e origem, sempre será vista como contracultura; jamais se conformará com este mundo!
Se não estivermos radicalizados na Palavra de Deus, corremos o risco de fazer as mais descabidas concessões no terreno da ética, moral, práticas sexuais e dos bons costumes. Por isso, temos de fechar todas as questões concernentes à moralidade e a santidade da vida. Nessas áreas, nenhuma condescendência é possível; pois a Bíblia lida com valores absolutos e nenhuma espécie de relativismo admite.
Portanto, a sociedade sem Deus, materialista e hedonita, não tem referenciais seguros, em que se possa confiar! É importante que conveniência e oportunidade estejam juntas com a licitude na aprovação ou não de uma atitude cristã, pois o que é lícito e conveniente não fere outros princípios bíblicos (I Co 10.23b)!
Um dos sinais do final dos tempos é a irreverência com as coisas Sagradas. Os homens levam tudo para o aspecto comum e vulgar, e as coisas de Deus não devem ser tratadas desse modo. Os líderes zelosos do bem prosseguirão como aprenderam de nossos pais na fé.
O que o Santo dos Santos era, para o templo no Velho Testamento, o Púlpito é para a Igreja no Novo Testamento! O púlpito é o lugar de maior reverência do santuário, dali sai a Palavra de Deus que salva, conforta e orienta espiritualmente os redimidos de Cristo! Quando usado corretamente o Púlpito pode e deve ser um lugar de bênção e edificação, mesmo quando for necessário corrigir, mas se imperar a falta de rigor espiritual pode tornar-se num lugar de perversão do Evangelho de Cristo (Gl 1.6-10).
Tornou-se comum, religiosos acusarem de falta de amor e desobediência outros religiosos que tomam posicionamentos firmes em questões éticas, doutrinárias e práticas. A discussão, o confronto e a exposição das posições de outros são consideradas como falta de amor e de desobediência. Essa acusação reflete o sentimento pluralista e relativista que permeia a mentalidade religiosa cristã de hoje e que considera todo confronto teológico como ofensivo. Fico pensando se a Reforma Protestante teria ocorrido se Lutero e os demais irmãos pensassem dessa forma! Portanto, não posso aceitar que seja; falta de amor e desobediência confrontar irmãos que entendemos não estarem andando na verdade, assim como Paulo confrontou Pedro, quando este deixou de andar de acordo com a verdade do Evangelho (Gl 2.11). Muitos vão dizer que essa atitude é arrogante e que ninguém é dono da verdade. Outros, contudo, entenderão que faz parte do chamamento bíblico examinar todas as coisas, reter o que é bom e rejeitar o que for falso, errado e injusto.
Considerar como falta de amor e desobediência o discordar dos erros de alguém é desconhecer a natureza do amor bíblico, pois Amor e Verdade andam juntos! O profeta Oséias reclamou que não havia nem amor nem verdade nos habitantes da terra em sua época (Os 4.1). Paulo pediu que os efésios seguissem a verdade em amor (Ef 4.15) e aos tessalonicenses denunciou os que não recebiam o amor da verdade para serem salvos (II Ts 2.10). Pedro afirma que a obediência à verdade purifica a alma e leva ao amor não fingido (I Pe 1.22). João deseja que a verdade e o amor do Pai estejam com seus leitores (II Jo 3). Querer, que a verdade predomine; e lutar por isso não pode ser confundido com falta de amor e desobediência para com os que ensinam o erro.
Parece que em muitos altares o Fogo tem sido estranho, conforme Lv 10.1-3, e isto; constitui uma ofensa muito grande ao Senhor. Não podemos esquecer que o Culto é para o Senhor e que Ele não aceita uma celebração senão pelos meios que Ele mesmo estabeleceu (Is 1.13-14). Não podemos profanar o altar de Deus trocando a mensagem da Palavra por coisas não sagradas! Temos que analisar o conteúdo que estamos oferecendo ou recebendo, porque, às vezes, analisamos mais os resultados, e isto pode ser um colapso diante de Deus, pois existem muitas coisas que nós gostamos; e que Deus abomina!
Não joguemos nossa vida fora por displicência. Uma Igreja morre quando lhe falta Temor e Tremor ma presença de Deus, quando falta Unção e quando falta Discernimento!
Que a Paz que excede todo o entendimento esteja sobre nossas vidas em todos os aspectos!
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