Pesquisar este blog

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Meditando sobre a viúva de Naim...


Meditando sobre a viúva de Naim (Lc 7.11-16)... Em cada ação, cada palavra e cada atitude de Jesus podemos aprender lições que trazem vida e crescimento espiritual. Lições que nos ensinam a desmistificar falsos conceitos, identificar sofismas e desmascarar o erro. Um episódio dentro do ministério de Jesus que me chama a atenção é a ressurreição do único filho de uma viúva da cidade de Naim, na Galiléia. De acordo com os relatos bíblicos, foi o primeiro milagre de ressurreição feito pelo Senhor e ocorreu logo no início do Seu ministério.

A ressurreição do filho da viúva de Naim nos ensina que o milagre de Deus não está subordinado a locais ou assembléias, e sim à vontade do Criador. Milagres acontecem todos os dias e em qualquer lugar. Onde houver uma necessidade humana e a vontade do Senhor assim o quiser, haverá um milagre! Sabe o que eu aprendo? Nenhum grupo ou igreja (assembléia de pessoas que se reúne em nome de Jesus!), deve chamar para si o monopólio dos milagres! Vemos com pesar que muitos utilizam os milagres de Deus como elemento de marketing, tentando passar a ideia subliminar de que os milagres de Deus estão concentrados em determinado lugar e até em pessoas. Ledo engano!

Observe que o que também chama a atenção neste milagre é a posição da viúva, de quem o evangelista sequer cita o nome, em relação a Jesus. Podemos ver, analisando todo o contexto, que aquela mulher não era discípula de Jesus. Ela não estava entre aqueles que seguiam o Senhor em sua caminhada pela Galiléia, até porque Jesus estava iniciando seu ministério e começando a ficar conhecido pelo povo galileu. O Eterno é soberano em Suas atitudes, não está subordinado a nada e nem a ninguém, muito menos participa de barganhas.

Sabe querido, sem dúvidas, naquele dia em Naim duas multidões se encontraram e os sentimentos que pairavam sobre cada uma delas era bem diferente. De um lado a morte e a desesperança, do outro a Vida eterna e a fé. Duas multidões e duas realidades diferentes! A Palavra nos revela que sem fé é impossível agradar a Deus e que Ele é galardoador dos que o buscam. O próprio evangelho da Graça tem na fé no Senhor Jesus o canal para nossa salvação. Sem dúvidas, a fé é um requisito fundamental para relacionar-nos com Deus e viver as Suas bênçãos e milagres. É da fé que vivemos! (Rm 1.17). Mas, estaria Deus subordinado à fé humana para agir? Esta pergunta pode parecer descabida ou infantil, porém, por incrível que pareça, muitos atualmente têm respondido afirmativamente a ela. Deus só pode agir quando há fé! Então, o que falar do episódio ocorrido naquele dia em Naím? O Senhor Jesus ressuscitou aquele jovem porque alguém teve fé? Quem ler de uma forma equilibrada a passagem em questão verá que a iniciativa da ação miraculosa partiu do próprio Senhor. Ninguém se prostrou a seus pés rogando-lhe um milagre. Ninguém "determinou" ou "reivindicou" o milagre de Cristo naquela ocasião. Jesus agiu porque quis! A misericórdia Dele transcende o nosso entendimento e ai daquele que queira limitá-la dentro de suas teses teológicas.

Deus não está subordinado a nossa vontade. O agir de Deus não depende necessariamente de nossa fé, mas sempre gerará fé naqueles que vivem essa ação. Imaginamos como deve ter mudado a história daquela viúva e de seu filho. Como o dia a dia daquela pequena cidade da Galiléia foi abalado por aquele milagre que nasceu no coração amoroso do Senhor Jesus. Que possamos continuar vivendo a fé que foi dada aos santos (Judas 3) e usar essa fé no dia a dia. Mas, ao mesmo tempo, que possamos reconhecer e celebrar a soberania do Senhor. Ele age como, quando e com quem quiser. Ele é Deus!

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário