Meditando
sobre a viúva de Naim (Lc 7.11-16)... Em cada ação, cada palavra e cada atitude de Jesus podemos
aprender lições que trazem vida e crescimento espiritual. Lições que nos
ensinam a desmistificar falsos conceitos, identificar sofismas e desmascarar o
erro. Um
episódio dentro do
ministério de Jesus que me chama a atenção é a ressurreição do único filho de
uma viúva da cidade de Naim, na Galiléia. De acordo com os relatos bíblicos,
foi o primeiro milagre de ressurreição feito pelo Senhor e ocorreu logo no
início do Seu
ministério.
A
ressurreição do filho da viúva de Naim nos ensina que o milagre de Deus não
está subordinado a locais ou assembléias, e sim à vontade do Criador. Milagres
acontecem todos os dias e em qualquer lugar. Onde houver uma necessidade humana
e a vontade do Senhor assim o quiser, haverá um milagre! Sabe o que eu aprendo?
Nenhum grupo ou igreja (assembléia de pessoas que se reúne em nome de Jesus!),
deve chamar para si o monopólio dos milagres! Vemos com pesar que muitos
utilizam os milagres de Deus como elemento de marketing, tentando passar a ideia
subliminar de que os milagres de Deus estão concentrados em determinado lugar e
até em pessoas. Ledo engano!
Observe
que o
que também chama a atenção neste milagre é a posição da viúva, de quem o
evangelista sequer cita o nome, em relação a Jesus. Podemos ver, analisando
todo o contexto, que aquela mulher não era discípula de Jesus. Ela não estava
entre aqueles que seguiam o Senhor em sua caminhada pela Galiléia, até porque
Jesus estava iniciando seu ministério e começando a ficar conhecido pelo povo
galileu. O Eterno é soberano em Suas atitudes, não está subordinado a nada e nem
a ninguém, muito menos participa de barganhas.
Sabe
querido, sem dúvidas, naquele dia em Naim duas multidões se encontraram e os
sentimentos que pairavam sobre cada uma delas era bem diferente. De um lado a
morte e a desesperança, do outro a Vida eterna e a fé. Duas multidões e duas
realidades diferentes! A Palavra
nos revela que sem fé é impossível agradar a Deus e que Ele é galardoador dos
que o buscam. O próprio evangelho da Graça tem na fé no Senhor Jesus o canal
para nossa salvação. Sem dúvidas, a fé é um requisito fundamental para relacionar-nos
com Deus e viver as Suas bênçãos e milagres. É da fé que vivemos! (Rm 1.17).
Mas, estaria Deus subordinado à fé humana para agir? Esta pergunta pode parecer
descabida ou infantil, porém, por incrível que pareça, muitos atualmente têm
respondido afirmativamente a ela. Deus só pode agir quando há fé! Então, o que
falar do episódio ocorrido naquele dia em Naím? O Senhor Jesus ressuscitou
aquele jovem porque alguém teve fé? Quem ler de uma forma equilibrada a
passagem em questão verá que a iniciativa da ação miraculosa partiu do próprio
Senhor. Ninguém se prostrou a seus pés rogando-lhe um milagre. Ninguém
"determinou" ou "reivindicou" o milagre de Cristo naquela
ocasião. Jesus agiu porque quis! A misericórdia Dele transcende o nosso
entendimento e ai daquele que queira limitá-la dentro de suas teses teológicas.
Deus não
está subordinado a nossa vontade. O agir de Deus não depende necessariamente de
nossa fé, mas sempre gerará fé naqueles que vivem essa ação. Imaginamos como
deve ter mudado a história daquela viúva e de seu filho. Como o dia a dia
daquela pequena cidade da Galiléia foi abalado por aquele milagre que nasceu no
coração amoroso do Senhor Jesus. Que possamos continuar vivendo a fé que foi
dada aos santos (Judas 3) e usar essa fé no dia a dia. Mas, ao mesmo tempo, que
possamos reconhecer e celebrar a soberania do Senhor. Ele age como, quando e
com quem quiser. Ele é Deus!
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