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domingo, 24 de março de 2013

Um porto...


É fim de tarde... a noite chegou! O que fiz de útil hoje? Qual coração alegrei? Se não alegrei, porque o fiz entristecer? Já é noite e minha reflexão é sobre a solidão de uma alma... Como um barco a remo sobre as águas desse rio, rio que é a minha jornada, ponho-me em célere busca do único porto capaz de suportar as enchentes e ressacas. Mas a noite já chegou e com ela os medos e desassossegos humanos, dificultam o deslizar pelas águas dessa nossa vida... Onde está o porto que me ancora na mais perfeita segurança? Onde está o porto que me espera a cada partida e chegada? Onde está o porto que me aninha em Seus braços em completo abraço, sem qualquer pressa de soltar-me? Onde está o porto que me avista sem perder-me de vista? Onde está o porto que me consola nas noites de tempestades? Onde esta o porto que me protege abrigando em dias de sol escaldante? Onde está o porto que me agasalha nos momentos de frio? Onde está o porto, que quando escuto sua voz todo o meu ser revive em completa esperança? Onde está o porto que se deixa ser achado e ainda sinaliza em meio a tormenta para que eu não me perca? Onde está o porto que é a própria vida para a minha vida? Onde está o porto que me faz descansar calma e serenamente? Amado da minha alma estou a tua espera para então ancorar em perfeita segurança... Daqui da Cidade do Sol, receba meu abraço silenciosamente e escute a sua voz a sussurrar: temos um Porto!

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