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sexta-feira, 27 de julho de 2012

Amor....


Amar o próximo como a si mesmo é preceito cristão exaustivamente repetido. Acontece que, quase sempre, não sabemos exatamente o que significa na essência. Por vezes observamos cristãos fazendo o contrário! Às vezes penso que para essas pessoas, o sacrifício de Cristo não foi por toda a humanidade, mas por um “seleto grupo”. Será que quando fico citando versículos bíblicos sobre desobediência, humilhação, tripudiando em cima do momento difícil em que meu irmão tá vivendo, não importando as razões que o levaram a isso, não estou faltando com o exercício do amor? O que na verdade quero mostrar para os que me cercam? Estaria o trono de Deus feliz com a queda de um dos Seus filhos? Não sei se você sabe, mas tem aqueles que não contentes em dever amor ao próximo, ainda faltam com temor e tremor na presença de Deus afirmando que a unção que há na vida do seu irmão não passa de práticas satanistas! Como você acha que terminarão essas pessoas?

Mt 22.39, após revelar o primeiro Mandamento que é amar a Deus acima de tudo diz: “O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. O que Jesus fez foi resumir com estas palavras e por meio de Sua vida que a Lei baseia-se no amor, a partir do qual, a obediência é uma expressão consciente e voluntária! O apóstolo Paulo afirmou : “sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Gl 5.13,14); e: “Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo” (Gl 6.2). Deste modo entendemos que todos os Mandamentos baseiam-se e resumem-se em relacionamento segundo a lei pelo amor e não o contrário (amor pela lei) como as seitas da época de Jesus e da nossa entendem e praticam o legalismo. Você tá me entendendo? O entendimento deste amor (agápico) é que ele é uma atitude deliberada, não um sentimento. É uma escolha e não uma vontade. É uma doação e não uma intenção. É imediato e não mediato. É previsto e não imprevisto. É voluntário e não forçado! Porque tens te arvorado de juiz sobre teu irmão? Porque tens aplaudido suas quedas e derrotas gritando aos quatro cantos que “é a mão do Senhor”, “os desobedientes tem parte com satanás”? Será que estou conseguido fazer você refletir na vida verdadeiramente de amor que tens deixado de viver? Da sua boca as sementes que tem saído são apenas de morte não importando qual o seu “nível” como cristão! Na verdade, você esqueceu-se que és um simples mortal!

Nos amamos, naturalmente, por causa de nós mesmos. No fundo, temos a convicção de que nossa importância é uma norma e nossos interesses uma prioridade, mesmo quando entramos em conflito com a importância de Deus e o interesse do nosso próximo. Na realidade, nascemos sob o pecado de crer em nós como superiores. Esta é a razão de tantos dilemas em nossa sociedade, quando nos dedicamos com todo o nosso coração, toda a nossa alma, e todo o nosso entendimento para criar circunstâncias de satisfação, segurança e honra em torno de nós mesmos. Segundo o paradigma de “amar a Deus” (“semelhantemente”), amar o próximo deve ser uma atitude além de si mesmo. A Bíblia não ensina deixar de nos amar (“como a ti mesmo”) para fazer o bem ao outro (Mt 7.12), mas que isto deve ser o resultado de amar a Deus acima de tudo e todos! Sem um  relacionamento autêntico com Deus e compreensão bíblica do que é amar, amar o próximo poderá se tornar apenas um credo ou apenas obras sociais para justificar alguma acusação na consciência religiosa. O amor genuíno exige que façamos o bem ao próximo por amor a Deus acima de tudo, sem interesse de receber alguma recompensa da pessoa beneficiada (Mt 6.1-4), somente de Deus ao obedecê-Lo segundo a lei pelo o amor. Nessa tarde, juntei alguma força que me restou depois dessa dengue, pra lhe dizer ainda há tempo de amar!




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