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sábado, 14 de julho de 2012

Meditando no Sl 42...


Meditando sobre o Sl 42... A tristeza é uma condição humana antiga. Os salmos estão cheios de lamentos tristes. Num deles o poeta chora: Eu, porém, estou aflito e triste; a tua salvação, oh Deus, me ponha num alto retiro (Sl 69.29). No outro o lamento tem o mesmo tom: A minha alma se consome de tristeza; fortalece-me conforme a tua promessa (Sl 119.28). Jesus mesmo experimentou muitos momentos de tristeza em sua jornada conosco. Cada época lida com ela ao seu modo! Nossa vida é feita de projetos e ao serem realizados, dizemos que estamos felizes. Porém quando não os realizamos, ficamos tristes!

No entanto, é bom distinguir tristeza de tristeza, tristeza temporária e tristeza permanente, tristeza como uma circunstância e tristeza como uma condição. É claro que ficamos tristes quando não somos bem tratados numa loja ou numa igreja. Ficamos tristes quando não conseguimos comprar um produto que tanto almejávamos ou, quando o recebemos, notamos que não tudo o que desejamos que tivesse. Ficamos tristes quando perdemos uma pessoa querida, por morte ou por separação. Ficamos tristes quando somos obrigados a ficar em casa, embora quiséssemos estar em outro lugar. Ficamos tristes quando alguém a quem amamos está sofrendo. Ficamos tristes quando somos confrontados com a miséria social de nosso mundo. Ficamos tristes quando estamos cansados física, emocional ou espiritualmente.

 Para cada uma destas expressões da tristeza, há um caminho a ser percorrido.
No entanto, estou me referindo a outra forma de tristeza, aquela que não é devida a algum fato que interveio em nossa jornada. Não são as circunstâncias que a produzem, embora a agravem. Estou, portanto, pensando na tristeza sem uma causa aparente, mas que é capaz de levar à angustia.  Este é o caso do poeta do Sl 42! Não conheço as circunstancias da sua vida, mas compartilho da mesma. Nesse Salmo o poeta descreve a sua tristeza como a presença de sentimentos diversos, como pode acontecer também conosco. O poeta tinha uma sede não saciada de Deus! Ele se compara a uma terra árida, ressecada pelo sol, ávida por chuva.  O poeta tinha saudade de um tempo em que podia ir ao templo adorar! Ele estava num lugar em que isto era impossível, embora o fizesse antes, como líder entre seu povo. O poeta estava sem esperança de que a sua vida fosse mudar, de modo que sua perturbação desaparecesse. Na verdade, nada parecia apontar uma luz no final do túnel. Seus problemas continuavam a desafiá-lo e a incomodá-lo. O poeta estava envergonhado! Seus problemas não tinham solução. Assim mesmo, para espanto dos seus conhecidos que não temiam a Deus, ele continuava temente a Deus, enquanto seus amigos duvidavam de que sua fé valesse alguma coisa. Talvez fosse alvo do deboche dentro de sua própria casa. É o que tem acontecido com você?

Nossas prioridades não podem ser as mesmas do salmista, mas somos tomados por idênticos sentimentos, especialmente em nossa época, em que a felicidade se tornou uma religião. Apesar das diferenças culturais, aprendemos com a experiência do salmista. Também experimentamos solidão e decepção. Também sofremos de doenças, algumas companheiras permanentes, sejam físicas ou psíquicas. Também enfrentamos situações nas quais esperamos que Deus intervenha, e nada parece acontecer.

Este Salmo está na Palavra de Deus porque Ele quer nos ajudar a tratar destes e outros problemas. Então, tenha uma visão adequada do que seja a tristeza. Não confunda momentos tristes com tristeza, que é um sentimento profundo, doloroso e intenso. Não pense que a vida é só festa, porque não é e não pode ser! A semana tem Sete dias e não apenas fim de semana! Sua tristeza tem toda a razão para existir, mas nenhuma razão para continuar indefinidamente. A tristeza melhora o coração quando nos leva a refletir sobre nossos atos e mudar para melhor! Persista na esperança...











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