Hoje li um depoimento de um rapaz cheio de saudades e angústia por não ter mais os seus pais ao seu lado. Fazia muito tempo que não experimentava o amargo angustiante dessa saudade, desse sentimento devastador que é a perda dos pais! Quando perdi meu pai me senti como um barco a deriva, sem porto para atracar! Mesmo estando casada, com minha família, sabia que bastava eu pegar no telefone e ouviria a sua voz e os temores, inerentes a alma humana; se dissipariam. Você deve estar se perguntando: Mas, e Jesus onde estava? E o alento da Sua Palavra não resolveu? Se não fosse Jesus, que é a Paz que excede todo entendimento e o alento de Sua Palavra, esta perda ainda estaria sangrando! Sabe, a dor, o pesar e o sentimento de desamparo parecem insuportáveis, porém o tempo, que é uma forma de expressão do amor misericordioso de Deus, se encarrega de colocar as coisas em ordem e com a nossa permissão, nos ajudar na caminhada. Somos humanos e precisamos uns dos outros! Não devemos esquecer que a dor da perda, é tão complexa e particular, que muitos se fecham para vida, perdendo muitas vezes a alegria de viver.
Nós, cristãos, somos confortados pela certeza da Ressurreição, mas isso não elimina o vazio e a dor de sermos forçados a nos separar de alguém que amamos! Não posso afirmar teologicamente, mas como todo luto envolve tristeza, podemos dizer que Deus foi o primeiro a “sofrer” a perda de alguém que Ele tanto amava: o ser humano! Posteriormente, a gente observa esse Deus misericordioso novamente de “luto” quando da morte de Seu filho Jesus! Desde o Gênesis ao Apocalipse a gente encontra pessoas sofrendo a perda de muitas pessoas queridas e não podendo fazer muita coisa, a não ser aceitar com esperança uma ressurreição eterna.
Porém, no Novo Testamento Jesus deu outro sentido ao luto! Jesus nos ensinou a ter fé e esperança até mesmo nos momentos de dores e angústias.
Jesus também enfatizou a importância do luto. Mandando-nos o Espírito Santo, O Consolador, para nos consolar em tempos de luto! Acredite, não estamos sozinhos! Não somos órfãos! Não somos como aqueles que não têm esperança. Em Cristo, nosso futuro está cheio de Suas promessas e temos a promessa de vitória sobre a morte e a sepultura! (I Ts 4.13,14).
Você está vivendo uma situação parecida? Acredite, sempre haverá bálsamo em Gileade!
PS: Esse texto é dedicado à um rapaz chamado Anselmo que teve a coragem de externar sua dor, saudade e angústia pela falta dos pais.
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