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quinta-feira, 8 de março de 2012

Lídia a Vendedora de Púrpura

Hoje, no dia dedicado à todas nós Mulheres, quero refletir sobre a vida de uma mulher que teve seu nome mencionado na Bíblia, assim como os seus feitos relatados. Falo de Lídia, a vendedora de púrpura! Paulo, guiado pelo Espírito Santo, partia em missões, pregando o Caminho e as igrejas eram confirmadas na fé e cresciam em número a cada dia (At 16.5). Em Filipos, colônia da Macedônia, levado ao lugar de oração, junto ao rio, onde as mulheres se reuniam para orar, aos sábados, como era o costume judaico, no cenário, destaca-se Lídia, que o escutava atentamente. Comerciante rica, vendedora de púrpura, a Bíblia não faz menção a sua condição familiar, se casada, solteira, referindo-se a ela como “certa mulher temente a Deus, chamada Lídia da cidade de Tiatira” (At 16.14). Em todo o contexto bíblico, seu nome não aparece mais, a não ser em At 16.14,15, porém, a força da sua ação, ao abrir as portas do seu coração e da sua casa para que o Evangelho ali se instalasse chega aos nossos dias!
Com certeza outras mulheres, pertencentes a outras famílias, a beira daquele rio, encontravam-se, porém, Lídia ousou, foi batizada, ela e os da sua família; atendeu as palavras de Paulo. Que palavras? Não se sabe. Entretanto, movida por elas, humildemente se coloca em posição de serva, não como escrava, mas como servidora, ao manifestar que se a fidelidade ao Senhor nela fosse encontrada, as portas de sua casa abertas estavam para ali permanecerem, não para apenas uma reunião, um momento, mas para sempre. Como andam as “portas da sua casa interior”? O que tens necessitado? Sabe queridas, Lídia não pensou em perseguição, ou fatos piores, naturais naquela época. Herodes não a amedrontava, seu coração estava livre, aberto, receptivo, ao ponto de convencer o grupo a “simplesmente” segui-la. Andas com medo? Tens sido perseguida?
A partir desse ponto, Lidia não é mais citada nos textos; desaparece do cenário, para, possivelmente, ocupar os bastidores. Tem sido esse o teu lugar no meio da tua família, dos que te cercam? Tempo depois, Paulo endereça uma carta aos filipenses, onde agradece acolhida e a predisposição daqueles que iniciaram a Obra, ao destacar a ousadia com que a mensagem do Evangelho era levada aos ouvintes, quando registra: a maior parte dos irmãos, incentivados no Senhor, pelas minhas prisões, são mais ousados para falar, sem medo, a palavra (Fp 1.14).
Queridos, Para o mundo pode parecer ironia, mas não para Deus. Pense comigo: o Evangelho entrou na Europa (via Filipos) através de uma mulher chamada Lídia! A Europa que é berço de todos os pensamentos libertadores (O Iluminismo, a Revolução Francesa, que é considerada, por muitos, o berço do feminismo moderno, etc.). Pensamentos estes que influenciaram o surgimento do movimento feminista organizado nos EUA, na segunda metade dos anos 60! Lembre-se querida, se a obra do Evangelho, que impregnou a Europa, chegou aos EUA e de lá atingiu os confins da terra, começou no coração e na casa de uma mulher (Lídia), saiba que Deus pode fazer muito mais através de sua vida!
Lídia, a vendedora de púrpura, ao abrir seu coração e sua casa, deixa-nos o exemplo de uma mulher destemida, determinada, corajosa, empreendedora, bem sucedida, tanto nos negócios materiais como espirituais. Com certeza sua presença marcante perante Deus e o império dominante da época, abalou as estruturas daqueles que detinham o poder. Agora as orações poderiam ser feitas na cidade, melhor ainda em sua casa, não não a beira do rio. Não lhe fora dedicado um Livro, bastou-lhe apenas dois parágrafos para eternizá-la; dois versículos que, certamente deu origem a um movimento, para que hoje pudéssemos sorver desse valioso legado. Lídia, sem sombra de dúvida, fez a diferença em seu tempo, assim como chamou especial atenção para mim.

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