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domingo, 23 de setembro de 2012

Meditando sobre Pv 18.10!


Amanheci com essa palavra em mente: Torre forte é o nome do SENHOR, a qual o justo se acolhe e está seguro (Pv 18.10)! O nome do Senhor! Seria difícil começar uma declaração sobre o Refúgio divino de forma mais firme do que esta. Sendo muito mais do que um manual moralista de “faça isto e não faça aquilo”, o livro de Provérbios apresenta diversas coleções de poemas que ensinam sobre o motivo profundo pelo qual se deve “fazer isto e não fazer aquilo”: a inclinação de um coração para o seu Criador da qual procedem as “fontes da vida” (Pv 4.23)! E, então, no meio de diversos contrastes entre o caminho do mundo e o caminho do servo de Deus, ou seja, no meio de uma comparação entre as duas inclinações possíveis do coração humano, Salomão inclui este verso. Tremendo, você não acha?

Perceba, em primeiro lugar, que o nome do Senhor denota imponência e força. Com isso eu quero dizer que a descrição que Salomão dá associa o nome de Deus a algo de grande poder! Logo, poucas coisas são mais importantes do que conhecer o nome do Senhor. Não é à toa que Ele inclui na Sua Lei a proibição de se tomar esse nome em vão. Nem é por acaso que o nosso Senhor Jesus Cristo inclui a santificação desse nome como a primeira petição de uma oração-modelo. Mas Ele o faz após dizer: Pai nosso que estás no céu! Não é exatamente isso que repete aquilo que Moisés experimentou ao perguntar o nome de Deus diante da sarça, ou arbusto, que queimava sem se consumir? Não foi exatamente esta uma experiência de separação intrínseca entre o Senhor, o Criador; e nós, Suas criaturas? Mais ainda, não é exatamente isso que podemos entender por: Senhor, Torre Forte? Querido, “Senhor” não foi o nome que Deus revelou a Moisés. Pelo contrário, “Senhor” emerge na história do povo de Deus como a primeira reação ao fato de ser Ele uma Torre Forte! O nome verdadeiro de Deus é deveras importante para ser falado a toda hora e, por isso mesmo, Ele é aqui chamado de “Senhor”. Diz-se que este nome corresponde a uma “Torre Forte” exatamente porque é esta a reação que temos diante da imponência deste nome. Diante de uma Torre Forte cabe-nos temer e tremer!

O temor relativo à imponência e à santidade de Deus nos leva a olhar para nós mesmos e a perguntar: quem, afinal, habitará no monte do Senhor? E a resposta nos faz corar de vergonha: O que vive com integridade e pratica a justiça (Sl 15.1,2). Oh! Como esta Torre nos faz tremer ao percebermos que tal integridade e justiça é exatamente o oposto daquilo que todos nós somos e seremos por nossos próprios méritos! As acusações contra nós mesmos estão por toda parte. Nada há que possamos fazer diante da pureza e da grandiosidade do Senhor. Portanto, a primeira reação ao nos encontrarmos com essa Torre Forte é uma sensação de diferença profunda entre aquilo que somos e aquilo que Ele é. E, se pararmos por aqui, concluiremos que nada mais nos cabe, a não ser o julgamento inevitável que deve necessariamente descer sobre nós por causa daquilo que somos. Se não fosse Jesus, o que seria de nós? Mas isso é uma parte da história. A outra parte é que Torre Forte também pode representar proteção, caso corramos para ela ao invés de correr dela. É aqui que a inversão ocorre. É aqui que o justo aparece com a reação inesperada de “fugir para ela”. Perceba, em segundo lugar, que o nome do Senhor é o único refúgio verdadeiro!

Portanto, entre a primeira reação (fuga de Deus) e a segunda (fuga para Deus) algo de maravilhoso acontece, necessariamente. Trata-se da percepção de que fugir para nenhum outro lugar (além do mais para o senso de justiça própria!) resolverá o problema. Trata-se da percepção de que é necessário render-se a essa Torre Forte. Trata-se de nada menos do que a declaração de que o injusto inicial passa a ser um justo e isso exatamente porque ele percebe ser um injusto e não encontra solução em mais nada, senão no próprio Deus. Tá compreendendo meu raciocínio? Então, um injusto é tomado por justo não por causa dos próprios méritos, mas porque mudou a inclinação do seu coração! Ao invés de se inclinar contra Deus, agora inclina-se para Deus. Isso jamais seria possível se não fosse o próprio Deus concedendo o dom da fé salvadora. Isto não vem de vós, mas é dom de Deus para que ninguém se glorie. A dívida existia, mas Alguém pagou por ela! Ora, não é verdade que do nome de Jesus Cristo se diz que é o único nome pelo qual importa que sejamos salvos? Consegui me fazer entender? Acredite: O nome do Senhor é Torre Forte! Viver em gratidão, lembrando-se dessa segurança eterna é infinitamente melhor do que viver, em culpa verdadeira, fugindo por confiar em si mesmo e perceber que, diante da Torre Forte, o mérito próprio nada pode fazer!

 

 

 

 

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