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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A Necessidade de prestar Contas

Grandes homens de Deus prestavam contas de seus ministérios, de suas atividades pessoais, de seus sonhos. José prestava contas a Potifar (Gn 39.6); Saul prestava contas à Samuel (I Sm 13.8-14); Davi prestava contas a Natã (II Sm 12.13); Neemias prestava contas ao rei Artaxerxes (Ne 2.1-8); Daniel prestou contas aos reis que serviu (Dn 6.28); Jesus prestava contas ao Pai (Jo 4.34; 10.25); os discípulos prestavam contas a Jesus (Lc 10.17). Mas um dos relatos mais pujantes de prestação de contas vem do maior evangelista, do maior plantador de igrejas, talvez do autor mais lido em todo mundo. O apóstolo Paulo se esforça tremendamente para reunir um grupo de amigos para prestar contas de sua vida! E, quando se encontraram com ele, disse-lhes: Vós bem sabeis como foi que me conduzi entre vós em todo o tempo, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia (At 20.18). Você pensava que esse princípio havia sido desprezado ou abolido na pós-modernidade pelo Senhor? Pois é, não foi!
Talvez um dos piores momentos de Israel, foi quando este princípio foi desprezado! Cada um fazia o que achava mais reto (Jz 21.25b). O curioso é que o texto não fala que o povo fazia coisas erradas, mas o que achava bem aos seus próprios olhos, sem um vínculo de autoridade! Pessoas precisam prestar contas, e a igreja como organização também! Onde não há conselho fracassam os projetos, mas com os muitos conselheiros há bom êxito (Pv 15.22). Nas igrejas do Novo Testamento sempre existiam grupos de pessoas a quem se prestavam contas que por sua vez prestavam contas também. Os anciãos eram membros mais maduros, os bispos, supervisores, mas até mesmo os da mais alta patente e reconhecimento como os comissionados Paulo e Barnabé prestavam contas. E dali navegaram para Antioquia, onde tinham sido recomendados à graça de Deus para a obra que haviam já cumprido. Ali chegados, reunida a igreja, relataram quantas coisas fizera Deus com eles e como abrira aos gentios a porta da fé. E permaneceram não pouco tempo com os discípulos (At 14.26-28). Querido, é impossível viver sem ter que dá explicações de nossas atitudes, mesmo que se ache desnecessário. São em pequenas atitudes de prestação de contas, que Deus trata nosso caráter e personalidade, levando-nos ao cultivo da humildade e não da humilhação!
O resultado de uma sincera prestação de contas é maior intimidade, cumplicidade, quebrantamento e comunhão com Aquele que nos justifica! Atente para essa atitude de nossos irmãos no tempo de Paulo: Tendo dito estas coisas, ajoelhando-se, orou com todos eles. Então, houve grande pranto entre todos, e, abraçando afetuosamente a Paulo, o beijavam, entristecidos especialmente pela palavra que ele dissera: que não mais veriam o seu rosto. E acompanharam-no até ao navio (At 20.36-38). Lembremos ainda, que a história relata que no I sec, a igreja de Roma resolveu se destacar autonomamente deixando a singeleza do costume cristão de At 2.42 se achando superior e não prestando conta dos seus atos. O resultado levou-os a heresia. Crer também é pensar!

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