Sentimentos

Nesse fim de tarde do Dia das Mães meu coração não suportou a seguinte frase em minha página no Facebook: Mamãe Didi feliz dia das mães! Sou chamada assim por meus irmãos e jamais havia parado para refletir sobre a importância dessas palavras em minha vida e na vida deles. A primeira pergunta que me fiz foi sobre qual legado, como irmã mais velha, tenho deixado pra eles? Como serei lembrada? O que deixei de fazer, de ensinar, de dar exemplo? Quanto do meu amor doei pra eles em momentos necessários ou não? Tenho sido um “porto seguro” para eles? A verdade queridos, é que sobrevivemos a muitos “temporais”, perdas e saudades, porque Ele sempre esteve no barco conosco! De volta ao passado, minha mente é invadida pelas lembranças de algumas separações que tivemos ao longo do tempo, porém nossos reencontros sempre estiveram regados pelo bem querer. Confesso que é duro ficar sem eles de vez em quando... Você está se identificando com essa história? O que você trás em sua “mala” de legado para os seus filhos gerados ou adotados, para sua família, para os que lhe cercam?

Os anos passaram e me vi novamente diante de uma nova criança em nossa família, era a minha sobrinha mais velha que acabava de chegar ao mundo! Durante os primeiros anos me comportei e às vezes ainda me comporto, como tia e Mamãe Didi ao mesmo tempo! Essa criança alegrou tanto meus dias que muitas vezes achava que meu coração não suportaria mais viver sem aqueles cachinhos dourados me esperando chegar do trabalho... Ainda hoje, mesmo adulta, ela continua encantando meus dias! Será que você ainda consegue encantar alguém?

O tempo passou e me tornei mãe! Foi tão difícil no começo.... Três enteados e um filho gerado! Nessa minha nova caminhada o mais difícil foi entender cada “presente”, reconhecendo o amor de Deus e Sua bênção sobre nossas vidas. Reconhecer que cada um foi e continua sendo um aprendizado diário, onde minha alegria está em vê-los felizes e realizados. Mesmo quando reclamo da bagunça que fazem, tenho grande alegria quando estão todos em volta do pai nas refeições. Nesse momento às vezes me pego de longe observando tal cena e aí vejo que quatro novos membros fazem parte da mesma. São os netos! Acredite: mesmo que você não tenha gerado filhos a importância dos que te adotaram como mãe, pai, avó e avô não é menor! Não se culpe por sua imaturidade na criação dos seus filhos, por atitudes ruins, o importante é fazer da convivência com os netos um ato de ressignificação! Isso aprendi com o tempo e com a chegada dos meus netos esperimento algo inexplicável. Como é possível? O Mestre sempre está no barco, porém é necessário percebê-Lo!

Você está se perguntado se amo mais ao filho gerado? Não posso, senão vou ficar sem um pedaço de mim!