Pesquisar este blog

domingo, 29 de abril de 2012

Meditando sobre respostas trazidas pelo silêncio...


Meditando sobre respostas trazidas pelo silêncio... Você já se viu tendo que administrar situações que fogem totalmente do seu controle e que não dependem exclusivamente do seu querer? É possível até que, num momento ou outro da sua vida, você se perceba sem conseguir entender bem o porquê das coisas que acontecem ao seu redor. O que dizer então daquelas situações onde aguardamos a resposta de Deus e que, por motivos dos mais variados e na nossa concepção, tarda a chegar? Na verdade é muito difícil lidar com o silêncio de Deus! Porém, Deus tem me ensinado que silêncio também é resposta!

O Apóstolo João numa de suas visões, enquanto esteve preso na Ilha de Patmos, afirma ter presenciado um silêncio no céu por um tempo indeterminado, que ele calculou ter sido de quase meia hora (Ap 8.1). Um fato que me chamou a atenção foi que esse silêncio aconteceu em decorrência da abertura do sétimo e último selo. Selo fala de segredo e de algo ainda não revelado! Quando um selo é rompido, além de poder ser feito somente pela pessoa autorizada a fazê-lo, significa que essa pessoa está disposta a tornar público o que estava oculto até então. Entendemos então, que naquela revelação algum segredo seria desvendado e divulgado publicamente. Naquele momento instalou-se o silêncio, pois, sendo o último selo, todos os que ali estavam presentes, ficaram na expectativa de que algum segredo bombástico, bom ou ruim, poderia ser desvendado. Aquele silêncio que durou quase meia hora foi quebrado pelo toque de uma trombeta! Imagino que se aquela situação acontecesse literalmente conosco, seres humanos, nosso coração estaria batendo mais forte a cada minuto que passasse e quando ouvíssemos o soar da trombeta, sentiríamos nosso coração como que querendo sair pela boca.

Na verdade, ninguém gosta do silêncio, pois ele inquieta nossa alma e nos faz rever se tomamos ou não, alguma atitude errada! Ele dói! Lembro-me que quando eu era criança e que meu pai me olhava fixamente nos olhos, instintivamente surgia dentro de mim a pergunta: “o que foi que eu fiz?” Com a experiência de vida que tenho hoje e me colocando dentro daquela situação relatada pelo apóstolo João, entendi que Deus silencia, para que olhemos para dentro de nós e busquemos mais ardentemente pela Sua presença! É nesse silêncio que nossos corações são desmascarados e percebemos que ainda temos lutado muito, para segurar as rédeas das situações adversas que vivenciamos e assim, reconhecendo nossa fragilidade, percebemos que ainda necessitamos depender mais de Deus, do que das nossas forças e capacidades.

Pois é, entendo que Deus faz silêncio para nos chamar a atenção para algo importante e surpreendente que está para acontecer; também para desmascarar nossos corações orgulhosos e auto suficientes e passarmos a depender somente dEle; também para olharmos o vazio que se instalou dentro de nós, porque deixamos de ouvi-Lo e principalmente porque deixamos de cultivar uma íntima comunhão com Ele; e por último Deus silencia para que voltemos nosso olhar para Ele, porque com certeza, Ele tem algo a nos dizer.

Quando foi a última vez que você parou para ouvir Deus? Quando foi a última vez que você ouviu o silêncio de Deus? Deus tem, no mínimo quatro respostas: sim, não, espera e o silêncio! A mais difícil de enfrentar é o silêncio, mas é justamente o silêncio que antecede o fator surpresa. O silêncio do céu é diferente do silêncio da terra. Quando ficamos em silêncio, ou é porque não temos resposta, ou é porque não queremos magoar aqueles que estão dependendo de uma palavra nossa! Porém, quando Deus fica em silêncio é porque Ele tem resposta e a resposta, pode ou não, ser a que o nosso coração espera; porém devemos crer que a resposta que vem da parte de Deus, sempre será a melhor para a solução do nosso problema, da nossa angustia e da nossa dor! Creio que quando conseguirmos compreender a linguagem do silêncio, então teremos alcançado o equilíbrio emocional que Deus tanto deseja e quer para nossas vidas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário